sábado, 31 de outubro de 2009

A crise dos 20

Para quem viu o título e pensou que eu fosse falar sobre economia se enganou. Já basta a imprensa saturar o assunto. Este post é para mostrar o que tenho pensado ultimamente e, por que não, desabafar também.

Não é só o mundo que passa por crises, as pessoas também. Acredito que a primeira delas é na fase da pré-adolescência. Os jovens deixam os brinquedos de lado, se sentem mais livres e que estão crescendo, começam a sair sozinhos e acham que os pais são chatos.

Poderia dizer que estou vivendo o que chamo de "crise dos 20", a crise dos 20 anos. Depois da crise existencial da "aborrescência", vem a da escolha. Ou da responsabilidade. Isso mesmo. (Na verdade, quando falo dos 20 anos, estou me referindo aos 20 e poucos anos, o período pós-faculdade.)

Em tese, você pode optar por apenas trabalhar, já que muitos já ingressaram no mercado de trabalho através do estágio, ou trabalhar e estudar - seja pós ou outra graduação - ou simplesmente fazer uma viagem.

São várias opções. Fazer um curso? Uma pós e em quê? Outra graduação? Quando? Quanto custa? Viajar? Para onde? Para estudar, trabalhar ou apenas para conhecer? Ou desistir dessas ideias e fazer outros planos?

Dizem que nessa idade se tem vontade e energia para fazer várias coisas. Talvez seja verdade mesmo. Se pudéssemos fazer tudo que gostaríamos seria ótimo, mas dificilmente é possível, por mais otimista e ativa que uma pessoa seja.

Mas, mesmo assim, temos de ir atrás de nossos sonhos e desejos! A questão é encontrar o norte em meio à "crise dos 20" e conseguir priorizar os projetos futuros sem se arrepender das escolhas feitas.

* Lembrei-me da música "20 e poucos anos" do Raimundos. Um trecho da letra e o vídeo...

Eu não desisto
Assim tão fácil meu amor
Das coisas que
Eu quero fazer
E ainda não fiz
Na vida tudo tem seu preço
Seu valor
E eu só quero dessa vida
É ser feliz





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segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Somos um pouco crianças

Não poderia deixar de fazer minha homenagem ao Dia das Crianças, ainda mais saudosista como sou. Relembrar de coisas que já estão um tanto escondidas na memória...

Quando era pequena, as crianças brincavam na rua, no prédio, no quintal. Adorava pular corda, "plantar bananeira" (ficar com o corpo reto de ponta-cabeça apoiando-se nas mãos) e "dar estrela" (girar o corpo de lado apoiando-se as duas mãos no chão).

Aprender a andar de bicicleta sem as rodinhas dos iniciantes era uma emoção grande - pra criança e também para o pai. Depois, a febre foi andar de patins, o que também adorava. O parquinho, hoje mais conhecido como "playground", era mais popular que atualmente. Os brinquedos de que mais gostava eram o balanço, ganhava disparado dos outros, e do escorregador - quando estava no topo, me sentia gente grande, porque via todo o resto muito pequenininho.

Algumas coisas e acontecimentos pareciam estar bem longe. Completar 18 anos, prestar vestibular, cursar faculdade, começar a trabalhar, chegar à fase adulta.

E quem diria. Esse dia, enfim, chegou. Em muitas situações me sinto "velha". Já me formei há quase um ano! Agora tenho de pensar em pós graduação, mestrado, trabalho...

No fundo, acho que todos são um pouco crianças. Alguns por serem imaturos. Mas digo isso porque a infância é uma fase da vida que é inesquecível. E todos levam uma parte dela em lembranças para o resto da vida.

Para fechar este post, segue uma brincadeira minha, em forma de poema, sobre algumas coisas marcantes da minha infância.

Infância
Quando eu era criança
Eu brincava
de esconde-esconde
e pega-pega
Pulava corda
Plantava bananeira
Quando eu era criança
Eu gostava
de pipoca doce
pirulito de chocolate
sopa de letrinhas
suco de laranja lima
Quando eu era criança
Eu ia à escola
De lancheira rosa
e uniforme
Escrevia cabeçalho
e fazia lição de casa
Quando eu era criança
Eu brincava
Eu gostava de doces
eu ia à escola
Eu fazia birra
Eu era criança