A primeira certeza que se tem ao me ver é o fato de eu ter olhos puxados. Isso é bem verdade. Mas alguns deduzem errado.
Mais de uma vez, ouvi a pergunta: "você é chinesa?". E minha resposta foi algo do tipo: "nããão, sou brasileira! Meus bisavós vieram do Japão para o Brasil quando eram pequenos". Será que pareço chinesa?
Certo dia, no ônibus - onde acontecem fatos inusitados - uma senhora senta-se ao meu lado com cara de interrogação. Minutos depois, vira-se para mim e pergunta algo muito ininteligível para quem tem o português como língua nativa, o inglês como segunda língua e conhecimentos de alemão, francês e espanhol (o que não é pouco!).
Eu é que fiquei com cara de interrogação. Daí, a senhora percebeu que eu não havia entendido e perguntou num português objetivo e com sotaque: "coreana?". E eu, absolutamente determinada: "não". Será que pareço coreana?
O mais desagradável, no fim, é ser obrigada a ouvir certas palavras quando ando pela rua. "Konnichiwa", "sayonara", "arigatou", "sushi, sashimi" ou pior, neologismos bizarros que nem sequer são palavras em japonês. Será que pareço japonesa?
Até passei por japonesa, até revelar que sou brasileira, mas tenho raízes nipônicas. Uns apenas disseram "ah", enquanto outros resistiram e insistiram em não acreditar, provavelmente por considerarem impossível uma oriental ser latino-americana.
No Brasil, temos o privilégio de poder conhecer tantas culturas e pessoas diferentes. Os orientais - japoneses, chineses e coreanos - têm semelhanças, mas o que os torna igualmente interessantes são exatamente as suas diferenças. Palavras de uma brasileira.
Mais de uma vez, ouvi a pergunta: "você é chinesa?". E minha resposta foi algo do tipo: "nããão, sou brasileira! Meus bisavós vieram do Japão para o Brasil quando eram pequenos". Será que pareço chinesa?
Certo dia, no ônibus - onde acontecem fatos inusitados - uma senhora senta-se ao meu lado com cara de interrogação. Minutos depois, vira-se para mim e pergunta algo muito ininteligível para quem tem o português como língua nativa, o inglês como segunda língua e conhecimentos de alemão, francês e espanhol (o que não é pouco!).
Eu é que fiquei com cara de interrogação. Daí, a senhora percebeu que eu não havia entendido e perguntou num português objetivo e com sotaque: "coreana?". E eu, absolutamente determinada: "não". Será que pareço coreana?
O mais desagradável, no fim, é ser obrigada a ouvir certas palavras quando ando pela rua. "Konnichiwa", "sayonara", "arigatou", "sushi, sashimi" ou pior, neologismos bizarros que nem sequer são palavras em japonês. Será que pareço japonesa?
Até passei por japonesa, até revelar que sou brasileira, mas tenho raízes nipônicas. Uns apenas disseram "ah", enquanto outros resistiram e insistiram em não acreditar, provavelmente por considerarem impossível uma oriental ser latino-americana.
No Brasil, temos o privilégio de poder conhecer tantas culturas e pessoas diferentes. Os orientais - japoneses, chineses e coreanos - têm semelhanças, mas o que os torna igualmente interessantes são exatamente as suas diferenças. Palavras de uma brasileira.