segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Melhores '12

Venho quase nos 45 minutos do segundo tempo fazer uma lista dos melhores de 2012 que não deixa de ser um balanço do ano.

Separei em 13 categorias!

Melhor nova experiência
Massagem ayurvédica

Melhor reencontro
Festa Alemã - com o pessoal de colégio

Melhor destino de viagem
Praga

Melhor tipo de programa de TV
Dorama japonês

Melhor post do ano
"E viveram felizes para sempre..."

Maior descoberta
Sou descendente de quatro províncias japonesas e sou sansei-yonsei

Novo vício
Manicure

"Desafio" cumprido
Conheci três cabeleireiros diferentes

Meta cumprida
Publicar mais postagens no blog que em 2011

Evolução do ano (aparência)
Mais interesse e maior investimento em roupas e maquiagem

Evolução do ano (profissional)
Mais segurança e novos aprendizados

Palavra do ano
Renovação

Refeição do ano
Hamburger e batata frita

Melhor do ano
Muitas reflexões

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Hablas English? Parlez-vous Deutsch?

Sou amante dos idiomas e de estudá-los. Além de poder conhecer um pouco da cultura de cada país, considero que falar outras línguas expande meus horizontes e me torna mais independente para viajar mundo afora.

E, nesta busca quase incessante pelo aprendizado, praticamente me esqueço de que sou descendente de japoneses. Como sempre estudei com semelhantes (escola, curso de Inglês  e Espanhol, e faculdade), não parei para pensar que eu era "diferente".

Comecei a reparar nisso quando voltei a estudar Alemão. É claro que há outros descendentes que frequentam a mesma escola que eu, mas uma colega achou curioso o fato de uma "japonesa" estar lá.

Na realidade, ela não foi a primeira pessoa a pensar isso. Minha dentista, que me conhece desde quando eu tinha quatro anos, sempre me falava algo como: "você é japonesa, fala Alemão e não fala Japonês?". Pois é, me formei em uma escola alemã e não tive muito contato com minhas raízes até a faculdade.

Agora, que terminei os cursos de Inglês e Espanhol, estou no nível intermediário de Alemão, decidi que queria me aproximar mais da cultura dos meus antepassados estudando Japonês. Ainda tenho vontade de estudar Italiano e Francês.

Será que depois de aprender todos esses idiomas já me contento?

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

É com A, não com E! - Parte 2

Eis que o tema volta à tona. Desta vez, venho contar algumas experiências por quais passei por conta do meu nome.

Desde a época de escola, já ouvia piadas com o meu nome, rimas como "Tatiana cara de banana!" (ainda que lembravam que é com A!). Uns anos atrás, era quase regra as pessoas que acabava de conhecer me chamarem de "Tati Quebra-Barraco" por causa da própria. Chegou uma certa hora que já previa a piada pronta - e sem graça.

Procurei o significado do meu nome. Um tempo atrás, só se via livros de significados de nomes, que incluíam os mais recorrentes. O meu mesmo ou ficava fora da lista ou apresentava uma breve descrição que equivalia a quase nada. Até onde sei, "Tatiana" tem origem russa, sendo variação de "Tânia", e significa "cigana".

As experiências mais engraçadas por quais passei foram com americanos. Quando estive nos Estados Unidos, e fiz uma compra, o atendente perguntou meu nome e ficou surpreso. Ele disse que entendeu uma determinada palavra, mas que - com certeza - não era meu nome. Aí, ele perguntou, então: "Nachos?". EU é que não acreditei! Ele ouviu um nome de comida mexicana! Depois, repeti meu nome e tive de soletrar, além de explicar a origem do nome. Passei um bom tempo ouvindo "nachos" dos meus amigos se referindo a mim!

Conheci uma americana durante uma viagem e ela, definitivamente, não sabia meu nome. E, quando ela tentou chutar (e imagino que ela tivesse bebido um pouco, já que voltava de uma balada), saiu uma palavra estranha, que não significava nada e nem se parecia com um nome. Deixei pra lá, porque no dia seguinte ela não se lembraria...

Tanto americanos quanto peruanos - que conheci nos Estados Unidos - não conseguem pronunciar o "t" com som de "tch". Por isso, me chamavam de "TaTíána" ou "TaTí", apelido com toque espanhol que também foi muito usado por amigos meus.

Por um lado, por causa de fatores culturais, não posso exigir que estrangeiros pronunciem certo meu nome, porém, - de qualquer forma - talvez em alguns momentos falte um pouco de esforço e memória. Eu falo por mim e digo que acho bastante interessante aprender nomes diferentes e dizê-los da forma certa, mesmo com barreiras de linguagem.


domingo, 21 de outubro de 2012

Conscientizar para reciclar

Há um bom tempo não falo sobre assuntos relacionados ao Meio Ambiente. Volto a tratar do tema por conta de alguns fatos que observei nos últimos dias.

Além da polêmica das sacolas plásticas, que passaram a ser cobradas nos supermercados para (tentar) incentivar alternativas mais sustentáveis e, depois, voltaram a ser distribuídas gratuitamente, existem muitas questões a serem debatidas.

Sim, somos totalmente dependentes do plástico. A cada compra que fazemos, as sacolas estão lá, disponíveis para você. Assim, as acumulamos e jogamos fora, no lixo comum. Pensando assim, esquecemos as embalagens e outros sacos plásticos que utilizamos no dia a dia que geram cada vez mais descarte.

Na época em que a lei municipal de São Paulo foi aprovada, cheguei à conclusão de que o importante não é abolir completamente o uso de sacolas de plástico, mas reduzir o volume de lixo gerado - inclusive papel (que ainda usamos muito, apesar de muitas coisas podermos fazer digitalmente) e derivados (caixas), vidro, isopor e embalgens em geral.

Não digo que devemos voltar a comprar leite em garrafas de vidro, mesmo que já existam iniciativas de abrir lojas que vendem produtos a granel. E cada um leva seus próprios potes.

Outro projeto que corre o risco de não funcionar é a instalação de contêiners de material reciclável, os PEVs (Pontos de Entrega Voluntária). Confesso que não tenho acompanhado as notícias relacionadas, mas - certo dia - "surgiram" desses perto de estações de metrô por onde passo. Fiz uma busca na Internet e a última matéria sobre o assunto foi publicada em junho. A reportagem informa que a implantação seria gradual, porém, a imprensa em geral não acompanha. O texto traz uma crítica em relação à educação ambiental inexistente, o que pode ser o motivo de a ideia não vingar.

Neste aspecto, concordo que as lideranças políticas não devem apenas incluir o tema na pauta das eleições, mas - de fato - começar a pensar na conscientização como ponto de partida.


sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Ser criança

Volto a postar aqui depois de um tempo longe por um motivo bastante especial, o Dia das Crianças.

Já ouvi dizer que "nunca se deixa de ser criança" ou que "todos têm um lado criança". Talvez porque ser uma é bem legal. Você é bonitinha, impressiona os adultos e ainda tem um pouco da ingenuidade natural humana.

Suas preocupações são ir à escola, fazer trabalhinhos didáticos, brincar... explorar a casa, enfeitá-la com rabiscos na parede.

Deliciar-se com doces e risadas. Ter o abrigo no colo de seus pais.

Dormir, dormir e dormir. Dormir sem se preocupar.

Ser criança é e foi tão bom! Parece óbvio dizer, mas não é possível voltar atrás! Mesmo assim, muitas crianças estão se tornando adultas antes do tempo. Será que elas estão aproveitando a infância? Será que não haverá arrependimento depois?

Prefiro não querer encontrar culpados/responsáveis por isso, mas tenho algo mais a dizer.

Deixem que sejam crianças
Que riam
Que brinquem
Façam caretas e se divirtam com elas
Chorem
Até façam manha e briguem

Deixem que sejam crianças
Que gostem de doces
Que sorriam
Façam traquinagens
Levem bronca
Até aprendam o que não é certo

Deixem que sejam crianças
Que se lembrem de tudo isso
Adultas e felizes
Porque ser criança
É brincar, errar, aprender, explorar, rir
Eternas crianças


Para encerrar minha homenagem à data, posto uma música da banda alemã Echt, "Alles wird sich ändern" ("Tudo mudará", em tradução livre), que fala sobre a vida ser um papel em branco e convida a começar a escrever.

Minha frase favorita é "Alles wird sich ändern, wenn wir gross sind" ("Tudo mudará quando formos adultos").



sábado, 18 de agosto de 2012

É com A, não com E!

Publico aqui meu manifesto para expressar a indignação em ler e ouvir os outros escreverem/falarem meu nome de forma errada.

Meu nome é Tatiana e, naturalmente, me apelidaram - no geral - de "Tati". Na época em que convivia no dia a dia com pessoas mais velhas e mais ligadas à cultura japonesa, surgiu a variação "Tatiana-san" (Na verdade, "san" usa-se ao final do sobrenome como forma de demonstrar respeito por aquele com quem se fala). Soava um pouco estranho só, mas sem crises...

TatianE?

Não sei por que, mas digamos que 99% das pessoas referem-se a mim como "TatianE", com o tal do E no final. Meu nome termina com A! Talvez seja uma associação automática, uma espécie de vício. (Até no Wikipedia há a observação: "Tatiana, sempre confundida com Tatiane"!)

Em alguns casos, posso dizer com certeza que é falta de cuidado ou memória, já que me comunico com muitos por escrito e - portanto - não haveria erro. Ou talvez se trate de uma visão distorcida que indica a letra E no lugar do A, apesar de eu, particularmente, considerá-las bastante distintas.

Ou, então, pode ser que minha dicção não esteja boa - porém, neste caso, só para quem ouvê, não para quem lê. Farei um teste com a esperança de parte do "problema" ser mais simples de ser resolvido.

Uma letra muda tudo

Sei que não posso ignorar o fato de que tem gente que confunde e mistura nomes. Ou que pode ter qualquer outra dificuldade em relação a isso. Mas cheguei ao nível de intolerância depois de perceber a importância de saber o nome correto dos outros.

É óbvio e ululante que uma letra muda tudo! Diversos nomes femininos possuem terminações com A e E, mas, porém, contudo, entretanto, todavia, nem por isso ninguém nunca disse que existia uma regra que nos levaria a deduzir o nome certo.

Um exemplo: a palavra "vivo", se escrita com A no final, tem o gênero alterado ou se transforma em verbo no imperativo. Isto é, o sentido pode mudar radicalmente.

Apenas como curiosidade, fiz uma rápida busca na Internet e comprovei o que imaginava! "Tatiana" é 13,5 vezes mais citado que "Tatiane"! Muito provavelmente também seja mais comum...

E tudo isso serviu para quê? Quero mostrar aqui que para alguns pode ser somente um detalhe ou um aparente erro bobo, mas - na realidade - uma letra faz toda a diferença. Sim, confesso que estou impondo certo rigor, porém, se meu nome é assim, não pode ser assado. Uma alternativa exclui a outra. Me identifico com uma e não com a outra.

As palavras foram criadas para identificar, nomear, diferenciar. Portanto, a incorreção no nome indica uma comunicação falha, além de provocar na "vítima" uma ira interior reprimida.




domingo, 5 de agosto de 2012

Ein deutsches Gedicht

Faço aqui uma homenagem às aulas de Alemão, que retomei neste ano, com alguns versos. O pequeno poema brinca com a redundância que existe na língua alemã. Achei curioso, já que em Português evitamos isso ao máximo.

"Viel Spaß"! ("Aprecie!")

Was machst du gern?
Ein Essen essen
Ein Spiel spielen
Eine Getränk trinken
Einen Traum träumen
Mit dem Telefon telefonieren

O que você gosta de fazer?
Comer uma comida
Jogar um jogo
Beber uma bebida
Sonhar um sonho
Telefonar com o telefone

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Tanabata Matsuri, o Festival das Estrelas

Minhas raízes têm falado mais alto e tenho estado mais em contato com a cultura japonesa. Uma das tradicionais festas que traz uma história bonita, mas um pouco trsite, é o Festival das Estrelas, o Tanabata Matsuri.

Origem

O Festival das Estrelas tem origem em uma antiga lenda japonesa, criada há quatro mil anos e inspirada nas estrelas Vega e Altair. A Princesa Orihime era filha de um poderoso deus do reino celestial e excelente tecelã - confeccionava a mais perfeita seda de que se tinha notícia.

Preocupado com sua excessiva dedicação, o rei ordenou que ela se distraísse com passeios diários pelo reino. Em uma dessas ocasiões, Orihime conheceu o pastor Kengyu e os dois se apaixonaram.

O pai da jovem consentiu o casamento entre eles. Porém, esquecendo-se completamente de suas obrigações, a princesa tecelã e o pastor dedicaram todo o tempo a esta paixão e, por este motivo, foram castigados, sendo transformados em estrelas e separados pela Via Láctea.

Comovido com a tristeza do casal, o Senhor Celestial permite um único encontro entre os dois, no sétimo dia do sétimo mês do ano. Orihime e Kengyu atendem aos pedidos feitos em papéis coloridos (irogami) e pendurados em bambus (sassadake) em agradecimento à dádiva recebida.

Segundo a mitologia japonesa, a princesa é representada pela estrela Vega, e o pastor, pela estrela Altair, do lado oposto da galáxia, fazendo com que realmente se encontrem uma vez por ano.

A festa passou a ser celebrada há mais de 1.150 anos, na Corte Imperial, e a data tornou-se feriado nacional em 1603.

O festival no Japão e no Brasil

No Japão, o Tanabata Matsuri é realizado em diversas cidades no mês de agosto,  para aproveitar as férias de verão das escolas. O festival da província de Miyagui é o mais tradicional.

Já no Brasil, o Festival das Estrelas é realizado desde 1979 pela ACAL – Associação Cultural e Assistencial da Liberdade e pela Associação da Província de Miyagui, na Praça da Liberdade, em São Paulo, sempre em julho.

As ruas Galvão Bueno e dos Estudantes, e a praça são decoradas com grandes ramos de bambu que recebem a ornamentação de enfeites coloridos de papel para representar as estrelas. Nesses bambus, são pendurados os tanzaku, pequenos pedaços também coloridos de papel, em que as pessoas escrevem seus pedidos. As cores do tanzaku são vermelho (força e coragem), verde (esperança), amarelo (prosperidade), branco (paz) e preto (esforço e concentração).

Shows de cantores, taikô, música, dança folclórica, entre outros, fazem parte das atrações da festa, que é a principal atividade anual do bairro.

Neste ano, foi realizada a 34ª edição do São Paulo Sendai Tanabata Matsuri.

Canção tradicional

Uma música tradicional do Tanabata Matsuri trata do costume de escrever os desejos no tanzaku.

Sasa no ha sara-sara
Nokiba ni yureru
Ohoshi-sama kira-kira
Kingin sunago
Goshiki no tanzaku
Watashi ga kaita
Ohoshi-sama kira-kira
Sora kara miteiru

Tradução

A folha do bambu rumureja
Agita-se na beirada
As estrelas cintilam
No ouro e prata dos grãos de areia
Os cartões em cinco cores
Já os escrevi
As estrelas cintilam
E nos observam lá do céu


Fonte:
Site da Associação Miyagui Kenjinkai do Brasil
www.culturajaponesa.com.br
www.nipocultura.com.br
www.nikkeypedia.org.br


domingo, 24 de junho de 2012

Curtas reflexões

Decidi publicar aqui as reflexões que postei no meu perfil do Twitter que tenho faz uns três anos. São versos curtos.

Espero que gostem!

Mulheres querem alguém para protegê-las. Homens querem alguém para cuidar deles.

Simples. Observar também é aprender.

O mundo girando, as pessoas passando, as coisas acontecendo e eu gerundiando...

A fúria do Leão encontra no Peixe o mar e, nas profundezas, poderá se afogar...

Maybe I wasn't, am not and won't be the person who I think I was, I am or will be...

Uiva o vento que vira vendaval...

Minhas palavras são sinceras, mas soam como um rugido, como queima o fogo e fere a lança...

O outro deve ser somente amado e não compreendido...

Vento de outono, prenúncio de inverno... (Até o frio me inspira!)

Just keep smiling... ;)

Não se preocupe tanto em secar suas lágrimas, mas, sim, em evitar que elas caiam.

Jornalismo é mais que escrever. É comunicar, educar, informar, discutir, criticar, denunciar, divulgar, mudar!

Ao se rascunhar, se espanta a crise de inspiração!

A vida traz muitas surpresas...

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Quando era atleta... - Parte 3

Mais uma vez, volto ao assunto! Desta vez, falo do que "aprendi" e tenho ouvido por aí...

Nos últimos dias, me disseram algo como: "E você precisa de academia?". Estou firme e forte com o compromisso de fazer esteira ou bicicleta duas ou três vezes por semana. E este é só o começo, porque pretendo começar musculação no futuro também.

A questão é que todos precisam praticar algum exercício físico.
Vou (tentar) contar todo o histórico brevemente.

Na época da escola, os estudantes são meio que obrigados a frequentar as aulas de Educação Física. Mas, por outro lado, se gostam de uma modalidade esportiva em especial, podem fazer treinos extracurriculares. Os jovens, então, são incentivados a praticar esportes e, portanto, são relativamente saudáveis.

Porém, depois, quando se começa a faculdade, a vida se desorganiza um tanto. Alguns tornam o bar a segunda casa, outros querem sair e, no fim, são poucos que se preocupam em incluir uma atividade física na rotina. O dia a dia é ainda mais corrido quando se tem de sair às pressas da aula para o estágio e fazer o famigerado TCC.

Já formada, a pessoa pode - teoricamente - encaixar um curso de idioma ou pós-graduação, academia, voluntariado e o que mais quiser no tempo livre. Aí, a vida pode se tornar um quebra-cabeça solucionado ou ser dedicada apenas ao trabalho, ócio e lazer, entre outras opções.

Assim surge o sedentarismo - e umas gordurinhas indesejadas. Além do peso na consciência que aparece quando nos deleitamos com frituras e doces.

Foi por esse motivo que eu, enfim, decidi - ao menos - andar na esteira. Na realidade, era o que imaginei como solução para o estresse também. Sei que a quantidade de exercício que faço hoje não é suficiente para me considerar "saudável", porque falta a parte do fortalecimento dos músculos. Mas já é um grande passo e, mesmo sendo pouco, já é o bastante para me sentir bem e perceber que teve um certo resultado.

Estou dentro da faixa de peso adequado para minha estatura. Porém, fazer academia não significa querer emagrecer, que parece ser a primeira analogia que as pessoas fazem. Muitos fazem por vaidade, milhares de outros fazem pela saúde e bem-estar, como eu. E, claro, várias fazem para ficar em forma. É importante frisar que ainda existem aqueles que praticam exercícios para manter a forma e poder comer sem tanta culpa - e energia em excesso acumulada no corpo.

 

domingo, 27 de maio de 2012

E viveram felizes para sempre...

É assim que terminam contos de fada, a mocinha/princesa encontra seu príncipe encantado e se casa com ele, garantindo um futuro feliz. No mundo real, não é exatamente isso que acontece, pois para se chegar até aí existe um longo e tortuoso caminho. E não falo apenas sobre casamento, mas sobre a vida "de gente grande" também.

Parei para pensar sobre a vida adulta que tenho pela frente por causa do mês de maio, o Mês das Noivas. Tudo começou com o assunto "casar". Por conta da data, somos bombardeados com notícias e informações diversas relacionadas ao tema - que são publicados já no final de abril.

Dividir a vida - a casa, as contas e o estresse - com outra pessoa faz parte dos meus planos. Até há pouco tempo, meu sonho era consolidar a união na igreja, de véu, grinalda e todo o resto. Mas como as ideias têm mudado muito, pode ser que não chegue a ser levada ao altar, talvez apenas escolha morar junto, por exemplo. Não sei, parece que cada vez mais fica mais complicado fazer planos para médio e longo prazo.

Outro ponto importante, principalmente para o currículo, é cursar pós-graduação. Muitos recém-formados já emendam a pós e deixam veteranos para trás. A questão é que - por se tratar de um grande investimento - deve ser bem avaliado e escolhido.

Crescer também significa se tornar mais independente e adquirir bens materiais, como um carro e/ou um apartamento. O carro, imagino, me dará (certa) liberdade e conforto para algumas situações, como sair à noite e de fim de semana. Já um imóvel, se não for para realizar "o sonho da casa própria", é um ótimo negócio de qualquer forma.

Falando nisso, a ideia de morar sozinha, "sair de casa", também me veio à cabeça. Talvez mais por questões de convivência. Porém, esta é uma experiência interessante, pois você aprende "a se virar".

Além de estabelecer as prioridades, não se pode esquecer dos sonhos. De viajar pelo mundo, publicar um livro, estudar todos os idiomas que desejo conhecer... E a primeira coisa a se fazer é controlar a ansiedade, respirar fundo, pensar, repensar, consultar outras pessoas, planejar e ir em frente.


terça-feira, 1 de maio de 2012

Laços de família - Parte 2

Como já havia comentado em um post anterior, minha família - tanto por parte de pai quanto de mãe - não tem promovido reuniões com parentes há muito tempo, desde que eu era criança. Imaginava que, como no meu caso, era quase regra entre os outros, porém, parecem existir muitas famílias que se encontram e ainda mantêm contato.

No último domingo, tive a certeza de que as reuniões entre parentes é mais comum do que pensava. Cerca de 50 pessoas comemoravam o aniversário da bachan ("avó", em japonês) - muito fofa, aliás - que completava nada menos que 90 anos. As doze ou treze mesas que ocupavam iam de uma ponta do restaurante à outra.

Para mim, foi impossível não observar.
Não só o número de presentes surpreendia: a mestiçagem também impressionava. Poderia-se dizer que metade da família era descendente de japoneses, sem "mistura", enquanto a outra parte era claramente mestiça, com cabelos levemente acastanhados e olhos discretamente amendoados.

Confesso que me emocionei com o evento todo. A quantidade de participantes, a alegria e a autenticidade do amor e carinho com a família, o bolo (lindo!) com uma vela que tinha uma espécie de labareda e a reunião em si. De fato, a celebração merecia juntar todos!

Tudo isto era real, presenciei aquilo. A semelhança com minha história de vida é que essas cenas estão apenas na lembrança, um tanto distante da realidade atual. Percebi que sinto falta deste contato com as pessoas que têm algo em comum comigo, as origens.

Apesar da saudade e do distanciamento, sei que - uma vez cortados os laços - estes não serão refeitos. E, mesmo com uma certa tristeza, por outro lado, fico contente em saber que nem a distância física, os compromissos, as responsabilidades e nem as próprias vidas foram suficientemente fortes para se esquecer deste sentimento e separar algumas famílias.

domingo, 22 de abril de 2012

Brasileira! - Parte 2

Passei por uma experiência, digamos, diferente na primeira viagem que fiz para Europa, no início do mês. Meus traços orientais me "camuflaram" por lá, pois muitos não desconfiavam que fosse brasileira - e de olhos puxados!

Como não quis ir completamente sozinha, decidi fazer um tour em grupo e conheci pessoas de diversos países, inclusive malaias (meninas da Malásia, isto é, asiáticas).

Conversando com o único sul coreano do grupo e um australiano, descobri que eles achavam que eu era chinesa. Quando disse que sou brasileira, eles ficaram surpresos e curiosos para saber como era o Rio de Janeiro (que não conheço) e São Paulo.

Até uma das malaias confessou que achava que eu era chinesa. Depois, falou que - pensando melhor - eu parecia mais japonesa... (risos) Aí, outra observou que elas estão acostumadas a ver chineses e, por isso, conseguem diferenciar.

O que me surpreendeu foi encontrar duas chinesas numa cidade minúscula da República Tcheca, Kutná Hora, e ter mais uma história para contar. Elas mexiam numa câmera semi-profissional e me viram passando com a minha câmera pendurada no pescoço. Sinceramente, acho que elas devem ter pensado que minha cara de oriental dizia que eu sabia usar este tipo de câmera e provavelmente tirar fotos boas. Uma delas perguntou, em Inglês, se eu poderia fotografá-las e respondi que tudo bem. A outra falou umas frases ininteligíveis com a primeira que me perguntou se eu falava chinês (!). Pensei: "não acredito, até as chinesas me identificaram como uma compatriota!" Falei que não... Nos comunicamos em Inglês mesmo e consegui fotografar a cena que elas imaginaram.


Percebi que Praga, capital da República Tcheca, é um destino comum entre chineses. Vi diversos grupos andando pela cidade. E fui confundida como sendo chinesa mais uma vez. Uma noite, decidi experimentar um chocolate quente famoso e caminhei de volta ao hotel. No caminho, entrei em uma das poucas lojas de souvenir que estavam abertas naquele horário. Loja grande. Logo que cheguei, um senhor careca, porém aparentemente simpático, fez uma reverência e falou "oi, tudo bem?" em nada menos que em japonês, chinês e coreano. Na sequência, disse algo em alemão e retruquei - na mesma língua - que falo um pouco só. E, enfim, soltou uma frase em espanhol e respondi que não sou da Espanha, também na mesma língua. Ele desistiu de conversar comigo.

Surgiu outro homem que já perguntou de onde eu era, em inglês. Ao responder "Brasil", ele ficou surpreso e até falou uma palavra ou outra em português. E, seguindo a "regra", também pensou que eu fosse chinesa. Como já estava cada vez mais inconformada, tive de matar minha curiosidade e descobrir por que sempre me associam com a China. O diálogo foi algo assim:

Eu - Você é vendedor aqui, não é?
Vendedor - Sim.
Eu - Vocês devem estar acostumados a receber muitos turistas, inclusive chineses. A cidade sempre recebe muitos turistas.
Vendedor - É.
Eu - Então acho que vocês, por receberem sempre muitos turistas, poderiam diferenciar os chineses das pessoas de outros lugares pela roupa e o comportamento.
Vendedor - (acho que ele disse que não sabe diferenciar e reafirmou que ele imaginou que eu fosse chinesa)

Pois é, falta prestar um pouco de atenção. Só.

Durante a viagem, teve ainda um episódio "decepcionante". Aconteceu no elevador da torre do Relógio Astronômico, em Praga também. Desci, mas queria subir de novo. Estavam comigo um casal hispânico, uma pessoa na qual não reparei e um casal de brasileiros. A pessoa saiu e tanto eu quanto o homem hispânico demos passagem. Minha ideia era deixar todos saírem e continuar no elevador para subir novamente. Aí, a brasileira disse: "Go ahead! Go ahead!", mas não saí. Não sei se ela pensou que não tinha entendido, talvez por ter achado que eu era chinesa, e segurou meu braço, me puxando para fora! Fiquei revoltada, porém, não tive reação, não falei nada, só pensei em não gastar energia com uma discussão boba. Muita falta de respeito! Quando me lembro disso, fico com muita raiva!

Cheguei à conclusão de que essa viagem foi uma aventura. Fiquei surpresa em descobrir que a maioria das pessoas - de variadas nacionalidades - imaginavam que eu fosse chinesa. Ainda não sei se é por ter traços asiáticos, pelo comportamento, pela timidez, porque os chineses estão em todos os lugares... Assim, fica a dúvida: por que acham que sou chinesa?


Outros posts
Brasileira!


segunda-feira, 5 de março de 2012

Um abraço

Abrace
Abrace as pessoas queridas
Abrace o quanto puder
Abrace

Não há palavras para explicar um abraço

A sensação de um abraço
A emoção de um abraço
O poder de um abraço

Abrace com palavras

Abrace com gestos
Abrace com sorrisos
Abrace

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Novinha, mas nem tanto

Com a proximidade de meu aniversário, venho contar alguns episódios que aconteceram comigo, em que pessoas confundiram minha idade. Pois  é, em todos os casos pensaram que eu fosse mais nova.

Na época, devia ter uns 18 anos. Fiquei com tanta raiva que foi inesquecível. Estava em viagem com a família, de férias, passando por uma praia meio deserta. Procurávamos um hotel para nos hospedar. Fomos tirar informações justamente em um em que a dona era uma "tia" japonesa. Ela olhou para dentro do carro e disse algo como "que filhas bonitas!". Depois, sei lá por que, ela quis tentar adivinhar minha idade. Começou a chutar, fazendo cara de quem está brincando com um bebê. Pior, ela achou que eu tinha 12 anos, no máximo 16! Como ela percebeu que não tinha acertado, me perguntou e, quando respondi, acho que ficou até sem graça.

Outra vez, já com uns 20 e poucos anos, voltando para casa do trabalho, conversava com co-workers. Uma delas me perguntou sobre o horário em que eu tinha aulas na faculdade. Tive de ser sincera e disse que já estava formada. Surpresa, ela falou: "nossa, mas você parece tão novinha..."

A história toda chegou ao ápice na formatura da minha irmã mais nova. Meus pais e eu conversávamos com os avós de uma amiga da minha irmã e - para variar - falavam sobre todas as filhas. A avó olhou para mim, sorriu e disse: "ah, você é a mais nova, né?". Nesta hora, pensei que não tinha mais jeito. Vestia roupa social e usava maquiagem que, de certa forma, não seria muito adequada para uma garota adolescente. Nem lembro se minha mãe respondeu que eu sou a mais velha, mas acho que - de qualquer forma - não adiantaria nada.

Ou, talvez, o ápice tenha sido atingido neste ano. Durante viagem de férias (de novo!) com a família, a guia de turismo referiu-se a mim e minhas irmãs como "filhas adolescentes" (!!!). Retruquei: "já passamos um pouco da adolescência". Ela disse que eu parecia ter 14 anos! Juro que soou quase como uma ofensa!

As pessoas com quem tenho convivido pensam que tenho uns 3 anos a menos que na realidade. Não é tão mal assim. Minha impressão é que muitas "chutam alto" para evitar o erro. Por outro lado, ouço que - quando chegar aos 40 - serei beneficiada com isso tudo. Pode ser verdade, mas até chegar lá ainda vai demorar um tempo.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Quando era atleta... - Parte 2

No post anterior, comentei sobre minha "trajetória esportiva", mas acabei não citando outras modalidades.

Com uns dez anos, pulava corda - além de brincar de elástico, pega-pega, barra manteiga, entre outros - nos intervalos das aulas (os famosos "recreios") na escola e também "plantava bananeira" e "dava estrela" (até conseguia usar uma mão só!). Andar de perna de pau já era mais complexo. Não que sejam esportes, porém, me exercitava mais.

Numa época, eu era chamada de "cestinha", apesar da minha altura. Não era tão ágil ou roubava a bola, ficava estrategicamente posicionada - e preparada - no garrafão à espera do passe e, enfim, do apito validando a cesta. Cheguei a marcar vários pontos.

O que também não era muito favorecido por ser baixinha era o vôlei. Assim como o basquete, era uma atividade que me agradava praticar. Para mim, a rede era alta e sempre será e, por isso, preferia ficar mais no fundo da quadra. De lá, pelo menos, podia pegar as bolas fazendo "manchete". Além disso, era nos saques que tinha a oportunidade de contribuir para a vitória de minha equipe. Posso dizer que ajudei um pouco, sim.

Um fato que me surpreendeu quando lembrei foi uma quase obsessão adolescente de fazer ginástica. Abdominais, exercícios para os braços, etc. Mas o treino era interrompido depois de uma semana, porque não tinha paciência para repetir as mesmas coisas. Já hoje sei que não gosto de academia por conta disso.

Agora, queimar calorias se traduz em fazer - moderadamente - esteira ou bicicleta. Até me espanto com a determinação que tenho agora. Deve ser porque pretendo atingir o objetivo que estabeleci para este ano. De qualquer forma, percebi que atividade física é importante para a saúde, não apenas para emagrecer, para se sentir bem. Ainda não afirmo que voltarei à vida de atleta...

domingo, 15 de janeiro de 2012

O Ano Novo no Japão

Nestes últimos dias, lembrei que havia escrito um texto sobre a tradição japonesa no Ano Novo. 2012 já chegou, mas vale a leitura!


A chegada de um novo ano significa o início de um período de renovação. No Brasil, tem-se uma forte influência das raízes africanas. As roupas brancas são quase unânimes para atrair paz, principalmente para aqueles que vão ao litoral assistir à queima de fogos, pular sete ondas ou fazer oferendas.

Já a tradição japonesa da festa de Ano Novo é ainda mais religiosa. Preceitos budistas são seguidos fielmente.

Conheça alguns costumes do oshougatsu (Ano Novo) no Japão.

A passagem do ano é a data mais importante no calendário japonês e a festa pode se estender por três dias ou até uma semana. De cunho religioso, a data é reservada para se fazer a purificação, orações e dar boas-vindas ao ano que se inicia. Além disso, as famílias assistem ao Kouhaku Utagassen, show de música com cantores famosos que se tornou tradicional no Japão.

Os preparativos começam com alguns dias de antecedência. Acredita-se que para entrar no ano novo é preciso ter tudo limpo. Por isso, as donas de casa iniciam, em novembro, faxinas em suas residências, chamadas oosouji, uma espécie de purificação. É uma boa oportunidade para trocar tatamis e o papel utilizado nas divisórias ou portas corrediças (shouji). Nas empresas, os funcionários fazem um mutirão no ambiente de trabalho.

A entrada das casas é adornada com o kadomatsu, um arranjo de folhas de matsu, similares a folhas de pinheiro (símbolo de longevidade), haste de bambu (símbolo de persistência) e galhos de ameixeira (símbolo de prosperidade). Uma das peças decorativas mais tradicionais, tem a função de trazer sorte aos seus moradores. O shimenawa, enfeite de papel branco também comum no Ano Novo, serve para espantar os maus espíritos. Acredita-se que uma casa com shimenawa é um lugar purificado para receber divindades.

Data religiosa

A cerimônia do Joya no kane, celebrada na noite do dia 31 de dezembro, consiste em tocar o sino 108 vezes, sendo a última badalada à meia-noite. Segundo a crença budista, as badaladas representam os pecados ou desejos mundanos do homem. Tocar o sino serve, então, para afastar esses desejos, para que o homem esteja purificado no novo ano.

Logo cedo, no dia 1º de janeiro, os japoneses fazem o a primeira visita a um templo budista ou um santuário xintoísta, chamada de hatsumode. As jovens se divertem ao vestir quimonos coloridos e ao passear com familiares, amigos ou namorados.

Outro costume é de se colocar o kagamimochi - dois mochi (bolos de arroz), um sobre o outro, decorados com papel japonês, folhas de matsu e daidai (laranja nipônica) - sobre um altar, como forma de agradecimento aos deuses budistas e xintoístas.

Comidas

Osechi-ryouri é a refeição dos três primeiros dias do ano, que inclui diversos pratos dispostos em caixa de madeira laqueada (juubako). Não se pode trabalhar nos dias do oshougatsu e as donas de casa já deixam, então, tudo preparado, com alimentos que passem por esse período sem estragar. Assim, surgiu a tradição de comer, na última noite do ano, o toshikoshisoba, o macarrão de passagem de ano, que simboliza longevidade, pois remete à barba e aos cabelos dos deuses de longa vida.

Presentes

Otoshidama é o presente dado em dinheiro, dentro de um envelope, pelos pais ou parentes às crianças, que podem comprar o que desejarem.

Os cartões de Ano Novo japoneses, os neganjus, têm tanta importância quanto na cultura ocidental. Algumas vezes, os desenhos são feitos pelos próprios remetentes e um dos temas preferidos é o zodíaco chinês.

Brincadeiras

As crianças divertem-se com brinquedos que no fim do ano ganham significado especial. Os meninos jogam pião (koma) e empinam pipas (takoage). Já as meninas brincam com peteca (hanetsuki), com suas raquetes de madeira decoradas, conhecidas como hagoitas. Quem deixar cair a peteca recebe uma pincelada de nanquim no rosto como punição.

Kakizome

Geralmente no dia 2 de janeiro, as crianças japonesas reúnem-se para a primeira caligrafia do ano. Em um papel branco fino, escrevem com tinta nanquim um poema ou uma resolução para o novo ano, por exemplo. Lá, todos os anos, são organizados concursos e exposições dos trabalhos infantis.

Ao contrário dos ocidentais que saúdam o futuro ao dizer “Feliz Ano Novo”, os japoneses agradecem pelos pedidos atendidos no ano que está para terminar, dizendo: “Akemashite omedetou gozaimasu”.

Festas

Bonenkai é a festa de final de ano que reúne famílias, amigos, funcionários de uma empresa, entre outros, para confraternizar e esquecer tudo de ruim que aconteceu no ano passado.

shinenkai é a festa para comemorar a entrada de um novo ano – que também poderá reunir todo esse pessoal para desejar sorte, abundância e felicidade para o novo ano.

domingo, 8 de janeiro de 2012

Desapego - Parte 2

Depois do primeiro passo dado, o resto parece mais fácil. Talvez.

Voltei a avaliar o que poderia encaminhar para a doação. Cada vez mais, percebo que - possivelmente por conta das minhas raízes que têm a tradição de guardar tudo - construí um "armazém infinito" de coisas. Minha impressão é que quanto mais vasculho, mais coisas existem, aparecem. E não termino nunca.

Já na segunda parte da organização, talvez tenha tido a consciência de que teria de me desfazer de muitas "lembranças" sem dó. Ou, quem sabe, esteja me livrando deste profundo desapego pouco a pouco.

A conclusão é que preciso dar espaço para novas energias e, portanto, novas roupas, livros e outros objetos que remetam a recordações.

Até mesmo parte de minha coleção de livros - que inclui presentes, literatura obrigatória, obras cobradas em provas de vestibular e aqueles que comprei - terá de ser desfeita.

O engraçado é que o pior (e mais triste) é ter de descartar minha coleção de revistas da adolescência quase por inteiro. Adorava as matérias, os testes, as dicas...! Aprendi muito! Nessa época, fui assinante por dois anos e era uma leitora assídua e ativa, porque sempre enviava e-mails para criticar, elogiar e participar. Se não me engano, ainda quando as pessoas se comunicavam via correio, cheguei até a enviar uma carta para a redação!

Por enquanto, a alternativa que encontrei foi reviver todos os momentos ao reler/rever o que ficou guardado, abrir um sorriso ao me emocionar, dar o "último adeus" e manter cada pedacinho de vida em algum canto da memória.