segunda-feira, 5 de outubro de 2015

A equação da vida

Vi O Pequeno Príncipe e amei! A história do livro homônimo, do escritor Antoine de Saint-Exupéry (1900-1944), é linda. E o filme, dirigido por Mark Osborne, conseguiu encaixar bem a mensagem da obra e incluir itens da atualidade, como a vida dos empregados que precisam ser essenciais para as companhias onde trabalham.


A amizade entre a menina e o aviador é pura, natural, divertida. É assim que a garota aprende coisas sobre a vida, o que não aprenderia estudando (muita Matemática) em casa sozinha. O foco nos livros e na futura formação em uma boa faculdade era o que a mãe tinha planejado para a filha se tornar uma ótima adulta.

Claro que minha música favorita do filme, uma parceria do compositor Hans Zimmer e a cantora Camille, é exatamente uma que mostra o quanto o aviador é importante para a menina.

Veja a letra (em Francês) e o vídeo abaixo! :)

Equation

1 + 1 font 2
2 + 1 fait 3
Tu me tire ainsi, les larmes ou la pluie,
Fait chavirer les nuages!
Et si le soleil
Descendra du ciel
Lundi
Dans une heure,
Une vie,
Une semaine,
Une semaine et demi,
Une année,
Un million d'années.
Un peu loin des yeux,
Plutôt près de toi,
Je ne compte que sur mes doigts.
Si par coeur brisé,
Je n'ai que des A,
Est-ce que tu reviens pas,
Pas.


segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Quando você vai viajar de novo?

Esses dias ouvi a pergunta "quando você vai viajar de novo?" duas vezes e um tempo atrás também que eu deveria fazer uma nova viagem. Mas é uma dúvida que eu mesma tenho e procuro a resposta.

Curioso que como passei a viajar pro exterior todo ano, é natural que surja este questionamento. É bom pra mim e pra quem vai ganhar coisas legais compradas na viagem. =)

Viajar para blogar

Já faz 3 meses que estou me dedicando a meu blog de viagens, o 3, 2, 1... Viajando!. Viajar, portanto, virou trabalho também. O blog é mais um motivo para conhecer novos lugares, inclusive novos restaurantes, cafés, comidas. E isso é ótimo! Pode não parecer, mas adoro comer!

Aonde ir?

A lista de países e cidades que quero visitar é um pouco extensa. =P

Tenho uma certa fixação por capitais. No Brasil, quero mais conhecer o Sul - Porto Alegre. Daria pra emendar Gramado, que conheci quando pequena e já não lembro mais como é. No inverno, lá tem frio e chocolate! hehe

Belo Horizonte e Brasília também tenho curiosidade de conhecer. E o Rio de Janeiro, apesar de hoje em dia não ser mais fã de praia.

Lugares no exterior é o que mais tem na lista. Já coloquei Itália há uns anos e adivinha pra quê? Além de conhecer, comer, é claro! Inclusive quero aprender italiano antes de ir pra lá. Então talvez leve um tempo.

Canadá me parece um país legal pra estudar e até morar. É o paraíso das frutas vermelhas! Yummy! Nem conheço Vancouver, mas já sou apaixonada pela cidade!

Quero voltar pros Estados Unidos, conhecer Nova York, Miami, Los Angeles... Quem sabe passear na Disney de novo?

Voltar pra Espanha também, porque não conheci o Sul, nem o Norte.

Na Alemanha, conheço praticamente só um pouco de Berlim, de que gostei bastante. Muita história!

Na Áustria, mal posso dizer que conheci Viena... Não visitei o que parecia mais interessante pra mim, o Palácio de Schönbrunn. Como foi um passeio de tour, só deu tempo pra foto na frente. =/

Holanda e Bélgica também. Inglaterra é um destino clássico.

China, Coreia do Sul... Voltar pro Japão!

Gostei do Chile, também quero voltar. Quero conhecer o Valle Nevado!

Quase fui pro Peru no ano passado. Tá na lista.

São muitos lugares, não sei se esqueci algum.

Por que não fui (ainda)

Com o dólar alto, é um desafio viajar, mesmo dentro do Brasil. Afeta todas as empresas relacionadas a turismo. Encarece tudo. Se por aqui já é complicado, imagine pagar tudo da viagem em dólares ou euros? Ou em outra moeda que será convertida pra dólar na fatura do cartão de crédito que ainda tem quase 7% de imposto?

O jeito é viajar de uma forma econômica. E por enquanto não descobri como seria melhor. Dá pra pagar passagem com milhas, trabalhar em troca de hospedagem e até mesmo refeições... Estou numa fase de pensar em ideias, alternativas. Mesmo porque a vontade de viajar já faz parte de mim, aumenta a cada dia que passa desde minha última viagem.

Por isso, agora não tenho a resposta pra pergunta que dá o nome para este post. Fico inquieta, ansiosa. Quando vou viajar de novo?


quinta-feira, 28 de maio de 2015

Como comecei meu blog de viagens

Faz uns anos, quando já estava com o Reflexões Poéticas, que tive a ideia de ter também um blog de viagens. Queria contar minhas experiências pelo mundo.

Quando criança até mais ou menos a época de colégio e faculdade, viajava bastante com minha família. Lá pela época do colegial, eu ajudava a pesquisar hotéis e até mesmo pedir orçamento pelo telefone.

Com o tempo, fui aprimorando a habilidade de encontrar e avaliar hotéis. Antes, era mais difícil encontrar informações sobre os estabelecimentos na Internet. Agora, há muitos blogs e sites de viagem e turismo que fazem este papel.

Primeiras viagens internacionais

Na faculdade, em 2007, viajei a primeira vez para o exterior. Trabalhei na Disney, em Orlando, nos Estados Unidos, durante 2 meses e meio, num programa de Work & Travel. Fui com amigos que fiz aqui em São Paulo antes de embarcarmos.

Com um passaporte novo, em 2012, decidi ir para a Europa. Mas - como me sentia um pouco insegura ainda - escolhi participar de um tour para jovens de todo o mundo. Lá fui eu para Berlim, Praga e Viena, fazendo o percurso entre as cidades de ônibus.

O curioso é que durante as pesquisas sobre as paradas do roteiro da excursão percebi que poderia, sim, viajar sozinha e me virar. Isso me motivou a viajar mais.

Países de língua espanhola são legais

Depois, no ano seguinte, pensei que seria melhor ir para um país só e aproveitar para conhecer mais cada uma das cidades. Decidi ir para a Espanha. Mas, como não queria passar praticamente 20 dias da minha viagem sola, me matriculei num curso de idioma em Madrid. O curso foi bom pra revisar muitas coisas e pra fazer novos amigos que me acompanharam em passeios. Aproveitei a chance para ficar em casa de família, uma experiência que sempre tive vontade de ter e ver como era. É interessante, porém, nesta idade de mais de 20 e tantos anos, ficar em hostel te dá mais independência.

Ainda em 2013, conheci Buenos Aires e Santiago. Descobri que viajar pela América Latina é barato e bem legal, além de poder praticar o Espanhol. Nesta viagem, me perdi, me aventurei de ônibus, passei perrengue, mas tudo deu certo no final.



Visitei e adorei o Mercado Central de Santiago (crédito: arquivo pessoal)


Em 2014, hablé más em Montevidéu, no Uruguai. O planejamento fiz de última hora, mas consegui organizar tudo. Pra quem gosta de viajar e turistar, ficar em casa nas férias é triste... Desta vez, como precisava de descanso e conforto, fiquei em hotel e não em hostel, como costumo fazer para economizar.

Um novo desafio na Ásia

Finalmente conheci o Japão, país de origem da minha família. Passei por Dubai, nos Emirados Árabes, e pude ver de perto um pouco da cultura oriental, que é bem diferente da brasileira e de todos os outros países que visitei.

Até consegui me virar com conhecimento básico de Japonês. Fiz viagens dentro do Japão, fui pra várias cidades históricas e interessantes. Também viajei para Okinawa, ilha no sul.

Fiz um passeio agradável em Yokohama, no Japão (crédito: arquivo pessoal)







O blog


Depois de voltar desta viagem, decidi criar meu blog de viagens, o 3, 2, 1... Viajando!. Lá, quero compartilhar minhas aventuras pelo Brasil e pelo mundo, dar dicas de viagem, passeios e roteiros.

Quero informar e avaliar os lugares. Quero incentivar todos a viajarem, mesmo sozinho, sem muito dinheiro ou se for para um destino não tão comum.

3, 2, 1... Viajando! - http://321-viajando.com


Explore e viaje! ;)

segunda-feira, 27 de abril de 2015

'Calvin e Haroldo', de Bill Watterson


Crédito: Reprodução
Sou fã de desenhos, animações, quadrinhos. Um dos meu preferidos hoje é Calvin e Haroldo, de Bill Watterson (1958-). O cartunista americano criou desenhos animados para seu trabalho final de faculdade na Kanyon College e conquistou uma posição de destaque no jornal Cincinnati Post. Watterson quis desenhar tirinhas e se tornou conhecido por 'Calvin and Hobbes'.

Calvin é um menino de apenas 6 anos que vive aventuras com seu tigre de pelúcia que, em sua imaginação, é de verdade. O garotinho tem sacadas geniais e, por isso, a HQ é inteligente e divertida!

Achei bem interessantes duas tirinhas do livro O Mundo é Mágico, de 2010. Trago aqui os diálogos apenas (decidi não reproduzir partes do livro para não ter problemas autorais).


Calvin - "Conseguir é melhor do que ter. Quando você consegue alguma coisa, é novo e emocionante. Quando você tem alguma coisa, não dá valor e é sem graça."

Haroldo - "Mas tudo que a gente consegue um dia se torna o que a gente tem."

C - "É por isso que a gente sempre precisa de coisas novas! 'Desperdice e cobice', esse é o meu lema."

H - "Sinto como se estivesse no sonho de algum acionista."


Pai de Calvin (ao telefone) - "Alô?"

Calvin (do outro lado da linha) - "Está muuuuiiiito bom aqui fora! Suba em uma árvore! Seja irresponsável!"

*Clic* (Calvin desliga)

Calvin (para Haroldo) - Meu pai enche a minha paciência com os valores dele, por isso encho a dele com os meus."


Fonte: biography.com e Wikipedia.


terça-feira, 14 de abril de 2015

Se...

Se...

Se ainda fosse criança,
brincaria todos os dias
Se fosse adolescente,
passaria o tempo com as amigas.
Se fosse universitária,
aprenderia tudo o que fosse possível.
Se fosse adulta,
beberia café todos os dias.
Se fosse madura,
usaria minha experiência para ensinar aos outros.
Se fosse empresária,
trabalharia com viagens.
Se fosse trabalhar em fábrica,
moraria no Japão.
Se fosse fazer um mochilão,
ficaria um bom tempo na Europa.
Se fosse escolher outra faculdade,
teria estudado Direito.
Se fosse famosa,
seria escritora.
Se fosse uma estrela,
seria uma cadente.
Se fosse heroína,
teria poderes.
Se não fosse como é,
não escreveria este poema.

quarta-feira, 18 de março de 2015

Brasileira! - Parte 6

Passei por mais um capítulo da saga. Desta vez, no Japão.

Nos primeiros dias lá, não me sentia no meu "habitat". A impressão que tinha era de estar num grande e aberto Bunkyo ("Bunka kyokan", "centro de cultura" em português).

No começo, era natural que a maioria dos japoneses achasse que eu fosse de lá. Por isso, falavam comigo em japonês. Ficava desesperada, porque falavam muito rápido e não entendia nada. Quando não perguntavam algo, era um alívio, porque só sinalizava com a cabeça que OK ou dizia "hai" ("sim") pra pessoa prosseguir com o diálogo (quase monólogo) ou simplesmente ignorava a "verborragia". A tensão era grande quando surgia uma pergunta e não entendia. Claro que dizia com jeitinho que não entendo muito japonês e as pessoas, algumas não tão gentilmente, tentavam falar mais devagar ou reformular a frase.

Em alguns casos, logo percebiam que eu era estrangeira, porque algumas vezes eu gaguejava, e já se comunicavam em inglês comigo. Mas isso em poucos lugares bem turísticos, porque ainda a grande maioria dos nipônicos não fala inglês, até entendem, mas não conseguem conversar.

Passado um mês ou mais, pensei que seria melhor tentar compreender o que as pessoas falam, sem se preocupar demais com a velocidade que falam. Daí, percebi que era possível entender, mesmo que fosse por palavras-chave e pelo contexto da conversa. E comecei a ficar feliz comigo mesma, porque acabava de dar um passo à frente no aprendizado.

Assim, me senti à vontade para conversar, mesmo que o básico. Pessoas do comércio me perguntavam de onde era e ficavam surpresas em saber que sou brasileira. Alguns diziam que meu país é longe. E muitos disseram que sou jyouzu ("habilidoso") no japonês. Como sei que dois anos de estudo é pouco para se virar, agradecia o elogio e dizia que preciso me esforçar para aprender mais.

Na realidade, no geral, era mais difícil tentar se comunicar em inglês, porque conseguia me expressar bem, mas os japoneses não conseguiam responder no mesmo idioma. Não adiantava muito. Me via apenas com a possibilidade de usar o conhecimento básico de japonês, o que realmente funcionava. Além disso, percebi que os japoneses se sentiam muito mais confortáveis em falar a própria língua (assim como qualquer um), inclusive em conversas com meus amigos não descendentes. Até parecia que quando a interação já era iniciada em inglês, eles se sentiam ofendidos ou algo assim.

O que continua sendo um mistério é ainda pensarem que sou - ou poderia ser - chinesa. Pra mim, pelo menos, tenho cara de brasileira ou de, no máximo, japonesa. Em Okinawa, era até comum encontrar pessoas que falavam chinês. É verdade que lá existem muitos turistas sino descendentes. Talvez por isso deduzissem que eu também poderia ser mais um deles.

Por um lado, faz sentido pensar que sou japonesa. Tenho fisionomia de uma - e me vestia como uma. Mas algo que pode ser um detalhe pra maioria é justamente o que faz toda a diferença. O jeito de agir e os gestos. Se alguém for me comparar com uma nativa, logo verá que sou diferente dela e, portanto, não sou japonesa.

Para mim, o que falta não só aos japoneses, mas para as pessoas em geral, é ter este tato, ter uma etapa para se fazer esta análise e, assim, ter mais informações para se deduzir a nacionalidade de um indivíduo, além de se ter a oportunidade de se aprender sobre as diferenças de culturas que muitas vezes ficam nas entrelinhas.



Veja a saga completa aqui!
Brasileira! - Parte 5