quarta-feira, 23 de junho de 2010

Saudades, Saramago

"É bem certo que o difícil não é viver com as pessoas, o difícil é compreendê-las."

José Saramago


Na manhã do dia 18 de junho, jornais e sites de todo o Brasil noticiaram o adeus do escritor português José Saramago, que tinha 87 anos e sofria de leucemia crônica.

Saramago nasceu em 1922, em Azinhaga, Portugal. Concluiu apenas o ensino secundário e seu primeiro emprego foi de serralheiro mecânico, porém, trabalhou durante sua vida como desenhista, funcionário público, tradutor, editor e jornalista. Em 1998, foi o primeiro autor a vencer o Prêmio Nobel de Literatura.


Terra do Pecado
, s
eu primeiro romance, foi publicado em 1947. Entre suas obras de destaque estão O Evangelho Segundo Jesus Cristo (1991), Ensaio sobre a Cegueira (1995), O Homem Duplicado (2002) e As Intermitências da Morte (2005).


Informações: Comunique-se e Rolling Stone



"[...] talvez se tratasse de um sonho enganador, um sonho de que teria de acordar mais cedo ou mais tarde, sem saber, nesse momento, que realidade estaria à sua espera."

José Saramago (1922-2010)

Trechos extraídos do livro Ensaio sobre a Cegueira


 

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Senhora, senhorita, você

Começo com uma pergunta, como você - mulher, no caso- é tratada: por senhora, senhorita ou você?

Por incrível que pareça, fui chamada das três formas diferentes em situações até que semelhantes.

Ouço com frequencia "senhora" por telefone e, algumas vezes, até mesmo pessoalmente. Mesmo que muitas pessoas tenham comentado que tenho cara de "novinha", idade de universitária. E, claro, ficam impressionadas quando digo minha idade.

O que me vem à cabeça é o fato de que essas pessoas são treinadas para falar assim e parece que você está conversando com uma espécie de máquina. Isto significa que nem mesmo elas se dão conta de que soam artificiais.

Para mim, isso não é uma conversa, não tem interação, argumentação, comunicação.

Já ouvi também "senhorita" de uma ou outra pessoa, palavra que caiu em desuso, mas que seria adequada por seu significado para uma "moça". Em geral, usa-se num tom de brincadeira por amigos que há tempos não têm notícias suas, por exemplo.

O popular "você" deve ser usado em ocasiões informais. Quando um vendedor trata uma pessoa mais velha de "você" soa muito estranho, porque - para mim - o normal seria "senhor" ou "senhora". Porém constitui um paradoxo: ao mesmo tempo em que o cliente quer ser tratado com respeito e, às vezes, com certo distanciamento, quer também se sentir mais próximo de quem fala com ele e menos "velho" ou algo como "ultrapassado".

E qual a minha conclusão? Bom, parece que não existem aqueles parâmetros de "certo ou errado", "bom ou ruim". O mais sensato é (ou deveria ser) se adequar de acordo com a situação, levando-se em conta o que a outra pessoa pensa.


P.S.: sei que devo poesias! Em breve, post sobre um autor específico!

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Reciclar é preciso

Na Semana do Meio Ambiente, gostaria de comentar uma reportagem que li na Folha.com sobre coleta seletiva de lixo em São Paulo.

Segundo o texto, as 17 cooperativas conveniadas com a prefeitura não estão sendo capazes de absorver todo o material recolhido por falta de espaço para armazenamento. Assim, os recicláveis acabam misturados ao lixo comum.

Confesso que fiquei desiludida com a coleta seletiva e senti uma certa revolta em relação à atitude das pessoas em permitir que o material separado seja depositado juntamente com o lixo comum. É falta de respeito com aqueles que têm a consciência de ajudar o meio ambiente e separam o lixo em casa. Além disso, não é em todos os bairros que se tem a coleta, é necessário transportar - por conta própria - para um local que participe dela.

Aliás, o curioso é que as duas empresas responsáveis pela coleta recolhem uma quantidade de material reciclável por dia maior que a de lixo comum. São 120 mil toneladas do primeiro contra apenas 9 mil do segundo.

Por um lado, fico satisfeita em saber que os recicláveis estão sendo separados para ser destinados às cooperativas. Esta é uma das pequenas grandes ações que cada um pode fazer para contribuir. Se muitas pessoas fizerem um pouco, juntos, teremos uma mudança razoável.

Mas pergunta que fica é a seguinte: será que não há alternativas para aumentar o processamento de papel, plástico, vidro e alumínio ou será que estamos produzindo lixo em excesso, mesmo podendo ser reaproveitado?

Talvez fosse o caso de mais cooperativas estabelecerem parceria com a prefeitura. Se elas não existem, devem ser criadas, o que geraria postos de trabalho. Ou, então, nós -  produtores de lixo quase 24 horas ao dia - devemos diminuir o volume de descarte de materiais. Podemos substituir o consumo de produtos embalados individualmente por aqueles em quantidades maiores ou optar por alimentos orgânicos, como frutas.

De qualquer modo, tenho certeza de que reciclar é importante, já que significa reaproveitar e renovar.

RECICLAR É PRECISO!