sábado, 8 de novembro de 2008

Uma poesia

Escrevi uma poesia sobre como sou, mas como nem todo mundo vê. Não culpo ninguém por ter uma visão estereotipada, porque são idéias enraizadas na própria sociedade.

Calma, não precisa se desesperar e achar que estou falando coisas sem sentido. Só lendo para entender...

Para quem me conhece há mais tempo, reconhecerá algumas características. E para quem não me conhece, leia e me conheça um pouco!

Quem ainda não desistiu de ler, comente para eu saber que existem leitores ainda!

Observação: sei que a poesia não está gramaticalmente correta, preferi deixar numa linguagem mais informal. O desenho foi minha irmã que fez...


Tatiana por Tati
Não é só porque meu nome é Tatiana
que sou quebra-barraco
Não é só porque meu apelido é Tati
que meu nome é TatianE

Não é só porque serei jornalista
que não poderei ser poeta
e que trabalharei no Jornal Nacional

Não é só porque sou baixinha
que sou invisível
Não é só porque sou oriental
que sei falar japonês,
que não sei falar outras línguas
e que não sou brasileira
Não é só porque gosto de desenhos animados
que sou criança

Não é só porque estou presente
que estou prestando atenção
Não é só porque sou tímida
que sou metida
Não é só porque fico quieta
que não gosto de conversar
Não é só porque pareço brava
que brigo à toa
Não é só porque sou amigável
que não tenho pensamentos vingativos
Não é só porque sou sonhadora
que me esqueço da realidade
Não é só porque sou exigente
que não chegarei próximo ao que desejo
Não é só porque gosto de “cultura inútil”
que sou alienada e não tenho conteúdo
Não é só porque sou “séria”
que não faço piadas
Não é só porque penso duas vezes
Que não faço besteiras

Não é só porque estou distante
que não me importo com as pessoas queridas
e que me esqueci delas
Não é só porque faz tempo
que não lembro
Não é só porque não vejo ou mostro
que não sinto
Não é só porque agradeci um favor
Que não tenho uma dívida



Outros posts

sábado, 1 de novembro de 2008

Mulheres

Depois de um bom tempo sem postar nada, finalmente vou atualizar o blog. Já pensei em várias coisas legais para publicar aqui, mas neste fim de faculdade está uma correria.

Bom, o texto que segue é uma crônica que escrevi em aula. Mostro que as mulheres passaram (e continuam passando) por um processo de luta por direitos iguais aos dos homens.

Aproveito para dedicar essa crônica para minha querida amiga são tomense, Carllile, que saiu do país natal para estudar aqui. Tenho certeza de que ela será uma ótima jornalista!


Mulheres no poder
Mulheres são poderosas. É isso mesmo. Não porque elas têm o papel de prefeita, Secretária de Estado, vice-presidente, primeira-dama, mãe, filha, avó, amiga, inimiga ou seja lá o que for. Explico por que.
Desde o período das cavernas, o homem já sabia que a mulher era mais forte e, por isso, puxava os cabelos dela para mostrar quem mandava. Por muito tempo, foi considerada frágil, inferior e sem direitos. Era só um objeto e nada mais: lavava, passava, cozinhava, paparicava, cuidava dos filhos, ficava em casa e não estudava, não trabalhava e nem votava.
Por outro lado, a mulher causava dor e sofrimento para os poetas e escritores. Ou se transformava na deusa inspiradora que dava razão de viver a esses pobres homens. Não estou afirmando que elas, poetisas, não foram “vítimas” do amor traiçoeiro. Mas essas foram e continuam sendo grandes mulheres: mostraram a sensibilidade feminina e, ao mesmo tempo, se revelaram capazes de superar dor que viesse.
Apesar de ainda existir um pensamento muito machista da época da “mulher-perfeita-dona-de-casa”, as coisas mudaram, felizmente. Aos poucos, elas foram conquistando seus direitos. Direito de estudar, trabalhar, votar... Hoje, tudo isso é comum. Comum é até a presença de mulheres nos governos.
E não é só. Elas têm o poder, porque são mãe, filha e amiga ao mesmo tempo. Sonhadoras, têm a coragem de batalhar pelos sonhos e desejos, mesmo que os mais diversos obstáculos apareçam pela frente. Rockeiras ou não, as mulheres mostram que têm atitude e que devem ter os mesmos direitos que os homens.
Assim canta Cássia Eller na música “1º de julho”, escrita por Renato Russo:

“Sou fera, sou bicho, sou anjo e sou mulher
Sou minha mãe e minha filha,
Minha irmã, minha menina
Mas sou minha, só minha e não de quem quiser
Sou Deus, tua deusa, meu amor”