terça-feira, 23 de novembro de 2010

Por que sentimos medo?

Foto: Divulgação
Você já parou para se perguntar por que se tem medo de escuro, de uma pessoa brava, de arriscar... e de medo de ter medo? E não são só as crianças que têm esse sentimento.

Quando viramos gente, passamos pelo estágio inicial do medo: o de ficar no escuro. Nossa mente cria vida a monstros debaixo da cama ou dentro do armário. Ou mesmo em qualquer lugar do quarto ou da imaginação. Medo primitivo.

Cada um tem sua bagagem de vivências e uma dose de falta de, digamos, "coragem". Posso dizer que parte deste medo resulta da ausência de experiência. Alguém poderá hesitar em começar ou fazer algo com que não tem familiaridade. Sem conhecimento, existem diversos obstáculos, além da possibilidade de as coisas darem errado e, no fim, o objetivo não ser alcançado.

É verdade que "quem não arrisca não petisca"? Você se arrisca e aposta uma corrida? Aposta uma caixa de cerveja por conta do resultado do jogo de futebol? Aposta na loteria? Aposta na sorte, na fé ou na esperança? E apostar na boa vontade ou solidariedade do próximo, você se arrisca? Apelar para os extremos é arriscado (desculpe o trocadilho!). Não arriscar pode significar perder oportunidades. Arriscar sempre é querer se aventurar.

Quem tem medo de sentir medo provavelmente é ansioso. Mal espera o medo chegar e já fica nervoso. Ou é orgulhoso, não quer demonstrar uma "fraqueza". Não queremos parecer despreparados para a vida. Não queremos nos sentir inferiores. Não queremos nos sentir desconfortáveis. Sentimos medo do desconhecido. O outro lado, o novo.

Uma pessoa rígida, com cara de brava, te dá medo? A resposta: "claro que sim!" Só por ela parecer ser assim? Não deveria ser motivo suficiente. O que descobri é que muitas vezes imaginamos situações que não vão acontecer e, por isso, acabamos estagnados, não avançamos ou evoluímos.

Atire a primeira pedra quem garante não sentir medo de absolutamente nada. Nadinha. Sentir medo não é bom, saudável, desafiador, legal, confortável, etc. Mas... é comum. Precisamos aprender a aceitar críticas, desaprovações e até insucessos. C'est la vie! O medo faz parte da natureza humana - em doses homeopáticas.


quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Tensão e crítica em "Enterrado vivo"

Filme traz à tona temas polêmicos que envolvem os EUA

Imagine ser enterrado vivo e ter apenas 95 minutos para fazer algumas ligações de um celular com bateria fraca e pedir socorro. Este é o desafio de Paul Conroy (Ryan Reynolds), americano pai de família e motorista de caminhão que trabalha no Iraque, na trama de Enterrado vivo.

Do início ao fim, o diretor espanhol Rodrigo Cortés mantém um clima de muita tensão. Conroy se desespera, faz questionamentos sobre sua situação e suplica por ajuda. Junto com ele, sente-se revolta intercalada com esperanças.

O filme é uma boa crítica aos Estados Unidos. São feitas referências ao episódio de 11 de setembro, terrorismo e à invasão americana ao Iraque, em que centenas e até milhares de pessoas inocentes foram e são vítimas.

Enterrado vivo estreia nos cinemas brasileiros em 10 de dezembro.

Texto originalmente publicado no Blog Alpha Lazer



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