quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Quando era atleta...

Quando se é criança, os pais e a escola incentivam a prática de esportes e atividades físicas. No meu caso, tudo começou com a natação. Eu e os outros pequenos aprendíamos a nadar diversos estilos e sempre havia um dia reservado para brincar com boias, tapetes e outros objetos divertidos.

Cheguei a disputar, quando tinha uns 8 anos, um campeonato contra coleguinhas da própria escola. A prova contava com três participantes, cada um pulava de uma raia. Dada a largada, apressei-me para alcançar a vitória. Até o primeiro terço do trajeto, estava tranquila, pois tinha vantagem. Porém, inesperadamente, minha touca saiu e começou a boiar na água. Tentei nadar assim mesmo, mas - como meu cabelo estava solto e comprido - não conseguia enxergar nada à frente. O tempo parou.

Lembro até hoje. Bateu um desespero, uma pressão. Não havia torcida, mas havia espectadores. Logo coloquei a touca de volta ao lugar e voltei à disputa. Pena que tenha me classificado na segunda posição. Ainda que foi possível não ser a última!

Depois, o futebol

Cresci e participei de algum campeonato de queimada. Tenho certeza, porque ganhei uma medalha. Aliás, gostava bastante e quase sempre eu era queimada só no final do jogo. Mas falemos do futebol, esporte preferido dos brasileiros. Comecei a jogar nas aulas de Educação Física e passei a gostar. Quase me matriculei numa escola de futebol para fazer treinamento, não sei se profissional. Tinha uns 12 anos.

Engraçado que minhas colegas de sala também curtiam jogar bola. Acho que por isso que nosso time ficou forte e, apesar de eu ter ficado na zaga, praticamente assistindo à final de camarote, conseguimos ouro! (A escola onde estudava era bem pequena, mas não vamos tirar o mérito das medalhas conquistadas, né?)

Para fechar minha marcante fase futebolística, em uma das aulas, incorporei a inspiração para o esporte como arte. Fiz dois gols, dignos de registro em vídeo. Um marquei chutando a bola direto quando a recebi. Já no outro, matei a bola na coxa e bati de primeira! Golaço!

Às quadras com o handebol

A paixão por esporte aumentou quando conheci o handebol, com uns 13 anos. Se fosse para escolher qual modalidade jogar, a resposta era "hand" (leia-se "rêndi"). Não me destacava como uma das melhores e nem era ruim, jogava razoavelmente, na maioria das vezes na ponta.

Para aprimorar, fiz um treinamento semanal na própria escola. Me animava sempre e, quando chovia, não treinávamos, porque a quadra era descoberta. Parecia zica, sei lá. A semana inteira era de sol. Chegava quinta, chovia.

Fui inscrita num campeonato interescolas, como reserva. Fiquei com tanto medo das adversárias avantajadas que, quando o treinador me chamou, nem entrei em campo. Sinceramente acho que o jogo foi ganho na base da força, não da habilidade. De qualquer forma, valeu a (não) experiência.

Quando deixei de ser atleta

Abandonei os esportes ao terminar o colegial. No more aulas de Educação Física, no more exercícios. Existiu e existe uma atividade ou outra esporadicamente, nada comparado à época de colégio. No cursinho, estuda-se muito; na faculdade, faz-se trabalho demais. Agora, trabalha-se, estuda-se e um pouco mais.

Mesmo que não tenha sido de grandes proporções, me orgulho de minhas vitórias. Na verdade, parece que não foi real. Afinal, hoje, os exercícios são raros. As memórias ficam guardadas na lembrança e têm mais chances de continuarem aí.