sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

TCC, o último capítulo

Foram 8 meses de muito trabalho. Pesquisas, entrevistas, leituras, textos, diagramação... e finalmente vi o meu TCC pronto, impresso, um livro de verdade. Vi nas minhas mãos. Senti uma emoção muito forte. Fiquei muito feliz.

Aprendi muitas coisas novas. Nas pesquisas, encontrei História, curiosidades, fotos, músicas, poemas... Aprendi que a pesquisa é fundamental para se fazer um bom trabalho. Aprendi a gostar do rio. Aprendi que o rio precisa de atenção.

Mas também descobri a importância de se fazer um trabalho bem feito. Não só pelo orgulho, mas pela satisfação como conseqüência. Afinal, ele será seu portfólio, o convite para entrar no mercado de trabalho.

Talvez o mais importante tenha sido a descoberta de que o TCC é e não é o último capítulo. É, porque encerra o curso de graduação. Não é, porque ele abre portas para algumas (ou muitas) oportunidades, não acaba aí. Por isso, hoje, depois de todo o processo de conclusão de curso - inclusive a banca de TCC -, posso dizer com orgulho que fiz um bom trabalho.

Mesmo com dificuldades e obstáculos, digo que valeu a pena.

sábado, 8 de novembro de 2008

Uma poesia

Escrevi uma poesia sobre como sou, mas como nem todo mundo vê. Não culpo ninguém por ter uma visão estereotipada, porque são idéias enraizadas na própria sociedade.

Calma, não precisa se desesperar e achar que estou falando coisas sem sentido. Só lendo para entender...

Para quem me conhece há mais tempo, reconhecerá algumas características. E para quem não me conhece, leia e me conheça um pouco!

Quem ainda não desistiu de ler, comente para eu saber que existem leitores ainda!

Observação: sei que a poesia não está gramaticalmente correta, preferi deixar numa linguagem mais informal. O desenho foi minha irmã que fez...


Tatiana por Tati
Não é só porque meu nome é Tatiana
que sou quebra-barraco
Não é só porque meu apelido é Tati
que meu nome é TatianE

Não é só porque serei jornalista
que não poderei ser poeta
e que trabalharei no Jornal Nacional

Não é só porque sou baixinha
que sou invisível
Não é só porque sou oriental
que sei falar japonês,
que não sei falar outras línguas
e que não sou brasileira
Não é só porque gosto de desenhos animados
que sou criança

Não é só porque estou presente
que estou prestando atenção
Não é só porque sou tímida
que sou metida
Não é só porque fico quieta
que não gosto de conversar
Não é só porque pareço brava
que brigo à toa
Não é só porque sou amigável
que não tenho pensamentos vingativos
Não é só porque sou sonhadora
que me esqueço da realidade
Não é só porque sou exigente
que não chegarei próximo ao que desejo
Não é só porque gosto de “cultura inútil”
que sou alienada e não tenho conteúdo
Não é só porque sou “séria”
que não faço piadas
Não é só porque penso duas vezes
Que não faço besteiras

Não é só porque estou distante
que não me importo com as pessoas queridas
e que me esqueci delas
Não é só porque faz tempo
que não lembro
Não é só porque não vejo ou mostro
que não sinto
Não é só porque agradeci um favor
Que não tenho uma dívida



Outros posts

sábado, 1 de novembro de 2008

Mulheres

Depois de um bom tempo sem postar nada, finalmente vou atualizar o blog. Já pensei em várias coisas legais para publicar aqui, mas neste fim de faculdade está uma correria.

Bom, o texto que segue é uma crônica que escrevi em aula. Mostro que as mulheres passaram (e continuam passando) por um processo de luta por direitos iguais aos dos homens.

Aproveito para dedicar essa crônica para minha querida amiga são tomense, Carllile, que saiu do país natal para estudar aqui. Tenho certeza de que ela será uma ótima jornalista!


Mulheres no poder
Mulheres são poderosas. É isso mesmo. Não porque elas têm o papel de prefeita, Secretária de Estado, vice-presidente, primeira-dama, mãe, filha, avó, amiga, inimiga ou seja lá o que for. Explico por que.
Desde o período das cavernas, o homem já sabia que a mulher era mais forte e, por isso, puxava os cabelos dela para mostrar quem mandava. Por muito tempo, foi considerada frágil, inferior e sem direitos. Era só um objeto e nada mais: lavava, passava, cozinhava, paparicava, cuidava dos filhos, ficava em casa e não estudava, não trabalhava e nem votava.
Por outro lado, a mulher causava dor e sofrimento para os poetas e escritores. Ou se transformava na deusa inspiradora que dava razão de viver a esses pobres homens. Não estou afirmando que elas, poetisas, não foram “vítimas” do amor traiçoeiro. Mas essas foram e continuam sendo grandes mulheres: mostraram a sensibilidade feminina e, ao mesmo tempo, se revelaram capazes de superar dor que viesse.
Apesar de ainda existir um pensamento muito machista da época da “mulher-perfeita-dona-de-casa”, as coisas mudaram, felizmente. Aos poucos, elas foram conquistando seus direitos. Direito de estudar, trabalhar, votar... Hoje, tudo isso é comum. Comum é até a presença de mulheres nos governos.
E não é só. Elas têm o poder, porque são mãe, filha e amiga ao mesmo tempo. Sonhadoras, têm a coragem de batalhar pelos sonhos e desejos, mesmo que os mais diversos obstáculos apareçam pela frente. Rockeiras ou não, as mulheres mostram que têm atitude e que devem ter os mesmos direitos que os homens.
Assim canta Cássia Eller na música “1º de julho”, escrita por Renato Russo:

“Sou fera, sou bicho, sou anjo e sou mulher
Sou minha mãe e minha filha,
Minha irmã, minha menina
Mas sou minha, só minha e não de quem quiser
Sou Deus, tua deusa, meu amor”


segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Em breve

Em breve mais poemas e textos reflexivos...

Aguardem!

sábado, 20 de setembro de 2008

O grande poeta Mário de Andrade

Quando se fala em Mário de Andrade, as pessoas geralmente lembram-se de Modernismo no Brasil e de leitura clássica obrigatória, como Macunaíma, ou obras críticas, como Lira Paulistana ou Paulicéia desvairada.

Para ser sincera, li Macunaíma só depois de ter saído o colégio - para o vestibular. Apesar de ter sido assim, mesmo antes de terminar o livro, enfim, eu tinha entendido tudo aquilo que a gente estuda, mas não entende.

Mário de Andrade foi também um grande mestre da poesia – não que eu conheça bem sua obra completa. Por causa do TCC, descobri o poema Meditação sobre o Tietê, escrito entre 30 de novembro de 1944 e 12 de fevereiro de 1945, treze dias antes de sua morte.

Escolhi dois trechos. O primeiro mostra a preocupação do poeta paulistano com o rio Tietê já poluído, mesclando com seus próprios sofrimentos. O outro, simplesmente lindo, trata dos efeitos do amor sobre o escritor.

Boa leitura!





“É noite... Rio! meu rio! meu Tietê!
É noite muito! ... As formas... Eu busco em vão as formas
Que me ancorem num porto seguro na terra dos homens.
É noite e tudo é noite. O rio tristemente
Murmura num banzeiro de água pesada e oliosa.
Água noturna, noite líquida... Augúrios mornos afogam
As altas torres do meu exausto coração.
Me sinto esvair no pagado murmulho das águas.
Meu pensamento quer pensar, flor, meu peito
Quereria sofrer, talvez (sem metáfora) uma dor irritada...
Mas tudo se desfaz num choro de agonia
Plácida. Não tem formas nessa noite, e o rio
Recolhe mais esta luz, vibra, reflete, se aclara, refulge,
E me larga desarmado nos transes da enorme cidade”

-----------------------------------------------------------------





“Pois mais uma vez eu me aniquilo sem reserva,
E me estilhaço nas fagulhas eternamente esquecidas,
E me salvo no eternamente esquecido fogo de amor...
Eu estalo de amor e sou só amor arrebatado
Ao fogo irrefletido do amor” 




Mário de Andrade (1893-1945)







sábado, 23 de agosto de 2008

Saudosismo

Dedico este post a todos meus amigos que fiz no colégio, cursinho e faculdade, sem esquecer daqueles que conheci por conta da viagem aos EUA

Às vezes paro e penso no passado. Não que eu tenha vivido várias experiências: ao menos algumas eu vivi e vou contar aqui.

Como foi bom ser criança e estar rodeada de “amiguinhos” da escola ou vizinhos mesmo. Andar de bicicleta e patins, pular corda, brincar de esconde-esconde e pega-pega, comer pipoca doce no parque ou bombons escondido... Não ter grandes responsabilidades ou grandes preocupações.

Eu tenho saudade mesmo do pessoal do colégio. Das aulas de alemão, das aulas de inglês, dos intervalos entre as aulas, das conversas na sala, dos exercícios em dupla ou grupo, do famoso “recreio”, das festas (às quais a maioria ia), das piadas, dos passeios de fim de semana no shopping, das longas fofocas ao telefone, das cartas lidas e escritas...

Tenho saudade do cursinho, apesar de tudo. Foi por causa dele que fiz novos amigos e fortaleci amizades. Passamos por momentos difíceis, de tensão, mas também por momentos engraçados – alguns dos quais lembro até hoje. Intervalos na sala, piadas infames de professores, tardes de estudo e almoço juntos...

Pode parecer absurdo ou idiota, mas já estou com saudade da faculdade. Afinal, foram-se quase os quatro anos de curso. Como no colégio e no cursinho, tive momentos de estresse e de risadas. Foram tardes de trabalho, e-mails com cobranças, almoços com direito a muitas piadas, conversas ou recados na internet, (alguns) aniversários, aulas juntos e, finalmente, TCC juntos.


Mas quatro anos é pouco. No começo, achei que era um tempo razoável. Como pude perceber, o tempo corre contra nossa vontade e até nos trai. Crescemos, chegamos à fase adulta, envelhecemos. Por outro lado, o tempo também nos ensina a amadurecer. Terminamos a faculdade, trabalhamos e o que mais?


Conhecemos pessoas novas, nos distanciamos, fazemos viagens... apesar de curta, a viagem que fiz aos EUA ficará na memória. E sinto falta de tudo aquilo. Reuniões, discussões, idas aos parques e ao Ale House, comentários sobre o trabalho, fotos... Trabalhei, sim. Mas me diverti também.

Parece que o tempo de diversão será cada vez menor: reconheço que crescer não é fácil e alguns atingem a emancipação antes de outros. Muitos ainda têm uns anos para se formar. Se chegar aos 18 anos demorou, fazer a faculdade foi quase como um piscar de olhos. Quem diria que o dia, aparentemente distante, chegaria? Pois é... Como escreveu Francis Scott Fitzgerald, “we’re getting old”.



domingo, 10 de agosto de 2008

Para começar

Trago um texto lindo escrito por Shakespeare que trata de muitas verdades da vida. É longo, mas vale a pena! (está no meu perfil do orkut, mas lá não cabe o texto na íntegra)

Já adianto que postarei a poesia de Mário de Andrade em homenagem ao rio Tietê. Aguardem!


Um dia você aprende que...



Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se, que companhia nem sempre significa segurança, e começa a aprender que beijos não são contratos, e que presentes não são promessas. Começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança; aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.


Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo, e aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam... aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai ferí-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais, e descobre que se leva anos para se construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que você pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá pelo resto da vida; aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias, e o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida, e que bons amigos são a família que nos permitiram escolher. Aprende que não temos de mudar de amigos se compreendemos que eles mudam; percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.


Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa, por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas; pode ser a última vez que as vejamos. Aprende que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não se deve compará-los com os outros, mas com o melhor que pode ser.


Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto. Aprende que não importa aonde já chegou, mas aonde se está indo, mas se você não sabe para onde está indo qualquer lugar serve. Aprende que ou você controla seus atos ou eles o controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados. Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências. Aprende que paciência requer muita prática.

Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se; aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou; aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha; aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens; poucas coisas são tão humilhantes... e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.

Aprende que quando se está com raiva se tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel.

Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso. Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém; algumas vezes você tem de aprender a perdoar-se a si mesmo. Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado. Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte. Aprende que o tempo não é algo que possa voltar, portanto, plante seu jardim e decore sua alma em vez de esperar que alguém lhe traga flores, e você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais.

Descobre que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida! Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar.

William Shakespeare

sábado, 2 de agosto de 2008

Voltei...

A onda de blogs de uns anos atrás voltou... e eu também. Eu tive um, mas desisti dele, porque achava que ninguém lia e, para mim, o que é publicado deve ser lido. Não é esta a finalidade da comunicação em geral?

Sempre gostei de escrever. Desde curtas e bobinhas histórias de quando eu era criança até textos informativos hoje.

Para falar a verdade, faz um tempo que estava para criar um blog. Eu só não tinha - e continuo não tendo - um tema definido. Pensei em vários assuntos, entre eles poesia e viagens, e não me decidi. Quem sabe misturar um pouco de tudo?