domingo, 21 de outubro de 2012

Conscientizar para reciclar

Há um bom tempo não falo sobre assuntos relacionados ao Meio Ambiente. Volto a tratar do tema por conta de alguns fatos que observei nos últimos dias.

Além da polêmica das sacolas plásticas, que passaram a ser cobradas nos supermercados para (tentar) incentivar alternativas mais sustentáveis e, depois, voltaram a ser distribuídas gratuitamente, existem muitas questões a serem debatidas.

Sim, somos totalmente dependentes do plástico. A cada compra que fazemos, as sacolas estão lá, disponíveis para você. Assim, as acumulamos e jogamos fora, no lixo comum. Pensando assim, esquecemos as embalagens e outros sacos plásticos que utilizamos no dia a dia que geram cada vez mais descarte.

Na época em que a lei municipal de São Paulo foi aprovada, cheguei à conclusão de que o importante não é abolir completamente o uso de sacolas de plástico, mas reduzir o volume de lixo gerado - inclusive papel (que ainda usamos muito, apesar de muitas coisas podermos fazer digitalmente) e derivados (caixas), vidro, isopor e embalgens em geral.

Não digo que devemos voltar a comprar leite em garrafas de vidro, mesmo que já existam iniciativas de abrir lojas que vendem produtos a granel. E cada um leva seus próprios potes.

Outro projeto que corre o risco de não funcionar é a instalação de contêiners de material reciclável, os PEVs (Pontos de Entrega Voluntária). Confesso que não tenho acompanhado as notícias relacionadas, mas - certo dia - "surgiram" desses perto de estações de metrô por onde passo. Fiz uma busca na Internet e a última matéria sobre o assunto foi publicada em junho. A reportagem informa que a implantação seria gradual, porém, a imprensa em geral não acompanha. O texto traz uma crítica em relação à educação ambiental inexistente, o que pode ser o motivo de a ideia não vingar.

Neste aspecto, concordo que as lideranças políticas não devem apenas incluir o tema na pauta das eleições, mas - de fato - começar a pensar na conscientização como ponto de partida.


sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Ser criança

Volto a postar aqui depois de um tempo longe por um motivo bastante especial, o Dia das Crianças.

Já ouvi dizer que "nunca se deixa de ser criança" ou que "todos têm um lado criança". Talvez porque ser uma é bem legal. Você é bonitinha, impressiona os adultos e ainda tem um pouco da ingenuidade natural humana.

Suas preocupações são ir à escola, fazer trabalhinhos didáticos, brincar... explorar a casa, enfeitá-la com rabiscos na parede.

Deliciar-se com doces e risadas. Ter o abrigo no colo de seus pais.

Dormir, dormir e dormir. Dormir sem se preocupar.

Ser criança é e foi tão bom! Parece óbvio dizer, mas não é possível voltar atrás! Mesmo assim, muitas crianças estão se tornando adultas antes do tempo. Será que elas estão aproveitando a infância? Será que não haverá arrependimento depois?

Prefiro não querer encontrar culpados/responsáveis por isso, mas tenho algo mais a dizer.

Deixem que sejam crianças
Que riam
Que brinquem
Façam caretas e se divirtam com elas
Chorem
Até façam manha e briguem

Deixem que sejam crianças
Que gostem de doces
Que sorriam
Façam traquinagens
Levem bronca
Até aprendam o que não é certo

Deixem que sejam crianças
Que se lembrem de tudo isso
Adultas e felizes
Porque ser criança
É brincar, errar, aprender, explorar, rir
Eternas crianças


Para encerrar minha homenagem à data, posto uma música da banda alemã Echt, "Alles wird sich ändern" ("Tudo mudará", em tradução livre), que fala sobre a vida ser um papel em branco e convida a começar a escrever.

Minha frase favorita é "Alles wird sich ändern, wenn wir gross sind" ("Tudo mudará quando formos adultos").