sexta-feira, 5 de junho de 2009

5 de junho, Dia Internacional do Meio Ambiente

No dia 5 de junho, comemora-se o Dia Internacional do Meio Ambiente. Por aqui, em São Paulo, a data foi lembrada um pouco antes.

Na quarta-feira, dia 3, a Câmara Municipal aprovou uma lei para reduzir agressões ao meio ambiente, com projeto de autoria do prefeito da cidade, Gilberto Kassab. Dessa nova regulamentação, aprovada por 51 dos 55 vereadores, destacam-se as seguintes medidas:

- frota de ônibus de São Paulo (15 mil veículos) com utilização de etanol e energia elétrica
- retomada da carona solidária
- ampliação da inspeção veicular
- instalação de ecopontos em todos os bairros para coleta seletiva de lixo

(Fonte: Jornal Metro, edição de 4 de junho de 2009)

Iniciativa interessante, porém, falha

Com certeza, os itens de 2 a 4 são adequados e necessários para uma megalópole como São Paulo. O item 1 pode ser interessante, mas alguns aspectos devem ser levados em consideração.

O etanol é produzido a partir da cana-de-açúcar que tem de ser plantada, resultando - portanto - em desmatamento. Já a energia elétrica deve ser otimizada - não apenas economizada. Não é para isso que existe o horário de verão? E os fretados? Eles merecem fazer parte da discussão, porque são numerosos pela manhã na movimentada Avenida Paulista.

Além disso, existe outro detalhe - que nem é tão detalhe assim. Essas medidas não estão em acordo com as aprovadas pelo atual governador do Estado de São Paulo, José Serra. O projeto estadual prevê a construção de mais avenidas e viadutos, o que leva a mais carros circularem. Um dos agravantes é essas obras serem instaladas próximas à Marginal Tietê que já é caótica, feia e fedida.

Foco deve ser melhor ajustado

Os paulistanos enfrentam diversos e grandes problemas. Péssimas condições de transporte público, congestionamento em vários pontos da cidade, volume absurdo de lixo, além de poluição atmosférica, visual, sonora e de locais públicos.

Não soa um pouco estranho tentar optar por combustíveis alternativos, que criam outras preocupações, e dar mais espaço para carros - que poluem, e muito, o ar? E a coleta seletiva, tentativa fracassada por incansadas vezes, será efetiva, mesmo com a falta de educação e conscientização da massa da população?

E ainda é difícil de entender por que não investir de forma maciça na despoluição do rio Tietê, que pode ser transformado em excelente via de transporte e utilizado para turismo, em vez de se acumular mais concreto, e consequentemente mais lixo, ao redor dele.

Cada um pode fazer sua parte

Se há algumas falhas, pelo menos existem pontos positivos. O Governo de São Paulo oferece o serviço Disque Ambiente. Através do número 0800 11 3560, com atendimento 24 horas, o cidadão pode denunciar crimes ambientais, como:
- desmatamento - queimada - despejo ilegal de lixo - poluição do ar - emergências químicas - crimes contra fauna e flora - tráfico de animais


(Fonte: anúncio)

O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) também apresenta uma mobilização interessante. Uma iniciativa mundial para o plantio de árvores nativas ou apropriadas para o meio ambiente local com o slogan "Plantemos para o Planeta: Campanha 7 Bilhões de Árvores".

Governos, empresas, indústrias, comunidades e indivíduos são encorajados a estabelecer um compromisso de participação online para plantar 7 bilhões de árvores no mundo todo até o fim de 2009.

(Fonte: site da United Nations Environment Programme - UNEP)

Então...

Os três "R" resumem a "frase de ordem":
*** Reduza, Reuse, Recicle ***

Para finalizar, o clipe da música "What I've done", do Linkin Park, mostra os problemas, não só ambientais, da nossa atualidade.

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