terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Laços de família

O que vou contar a seguir me parece um "problema" atual e presente na vida de muitas pessoas. Familiares distantes e, por isso, desconhecidos...

Já tinha identificado esse problema antes. Uma pessoa ou outra comenta sobre aquelas grandes reuniões de família, aos domingos ou nos finais de ano. São estreitamentos de laços, não só entre primos, tias, avó, mas de amizade e companheirismo.

Se pensarmos bem, hoje é comum apenas falarmos - nós, urbanóides - das pessoas com quem convivemos. Os demais são "umas tias do interior" ou "uns primos de segundo grau". Este é um fato triste e de que poucos se dão conta - e raros são aqueles que tomam a iniciativa de promover esses encontros.

Minhas lembranças me remetem a sítios, festas de aniversário, Natal, viagens, visitas de fim de semana... A brincadeiras e doces. A tias e primos. E me pergunto se as crianças desta nova geração têm este contato, de correr por aí com os primos e, quem sabe, iniciar uma amizade forte com eles.

E é fácil identificar isso, basta surgir um compromisso de família que reúna todos esses familiares espalhados e, digamos, isolados (que não mantêm contato com os demais). Se você ouvir "essa é a..." ou se não ouvir nada também, significa que essas pessoas não se encontram há anos - literalmente.

Outra forma de perceber isso é tentar lembrar dos nomes de pelo menos três dos presentes. O engraçado é que nessas horas você descobre - não chega a ser lembrar - que tem mais parentes que imaginava. Ou, então, olha ao redor e não reconhece ninguém, porque tempos atrás todos eram bem diferentes.

Enfim, chego a uma conclusão. Os laços são construídos quando somos pequenos, quando a interação acontece de forma natural e achamos que os primos são nossos amigos.
Porém se não são conservados, desmancham e dificilmente voltam a ser laços. E, se voltam, não ficam tão estreitos ou bonitos como os originais.

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