quinta-feira, 21 de agosto de 2014

O que queria ser quando crescer

Eis que venho reafirmar minha profissão dos sonhos da época de escola. Até uns anos atrás tinha vergonha de falar sobre isso, mas agora não mais.

Tudo isso começou no colégio, quando tinha uns 6 anos e precisei preparar um caderninho de formatura da pré-escola. E neste tal de caderninho eu precisava escrever qual a profissão que queria ter quando crescer. Lembro que cheguei a pensar durante uns dias e tirei uma conclusão, mas que - na verdade - não era exatamente o que queria fazer da vida.

E aí que registrei algo que ficou na memória escolar durante muito tempo, até me formar no colegial. E morrer de vergonha quando me chamaram para subir no palco e relembraram que uma vez disse que queria ser pipoqueira quando crescer. Isso foi motivo de piada durante tempo suficiente para me aborrecer. O que me consolava - em parte - era saber que outros coleguinhas tinham escolhido profissões esdrúxulas, como plantador de batatas.

Por outro lado, depois que passei para o antigo Ensino Fundamental e fui crescendo, tentava me conformar que - pelo menos - não queria ir de acordo com a onda, querer ser o que todo o mundo queria, como bailarina ou jogador de futebol. Até mesmo publicitário.

E hoje, pela primeira vez, quis revelar este desejo de criança, sem receio de ser alvo de brincadeiras ou risadas. Até achei legal ter provocado risos nos outros. Já que é para falar disso, sejam francos. Um deles até confessou que queria ser um super-herói. Como é bonito abrir o coração para as pessoas! (risos) Porém, outras se reservaram o direito de não falar, alegando que não lembravam ou não tinham preferência. Acho mesmo é que estavam com vergonha, assim como eu me sentia há um tempo.

Para não ficar descontextualizado, me expliquei. Argumentei que adorava a famosa pipoca doce vermelha que os moços/tios vendem no carrinho. Quando era criança, guardei na memória uma cena de grande felicidade - sair do parque no fim de tarde no final de semana, depois de pedalar e me exercitar, e ganhar um saquinho daquela pipoca. Era uma doce felicidade.

E assim devo ter escolhido esta profissão que proporcionaria às crianças a mesma alegria que eu tinha quando comia a pipoca doce. E quem sabe um dia meu antigo sonho evolua e eu me torne uma empreendedora?

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