sábado, 26 de janeiro de 2013

Eu e a cultura pop japonesa

No fim do ano passado, me propus a fazer uma imersão na cultura japonesa, inclusive pesquisar sobre minhas origens. A jornada tem sido fantástica e - a cada nova descoberta - me surpreendo cada vez mais. As novidades se encaixam com os conhecimentos que já tinha e tudo faz mais sentido.

Antes disso, cheguei a ler mangás (quadrinhos japoneses), assistir a alguns doramas ("dramas", isto é, novelas japonesas) - que me mostraram um pouco do comportamento japonês -, animações lançadas no cinema (Toonari no Totoro, super fofo; e Ponyo, que estimula a imaginação de adultos também) e animes (leia-se "animês"), como "Full Metal Panic! Fumoffu" (muuuuiiito engraçado) e "City Hunter", meu atual vício.

A ideia toda de "City Hunter" é muito interessante. Apesar da característica marcante do protagonista, Ryo Saeba, um detetive particular de Tokyo que sempre busca ser contratado por mulheres, as trapalhadas rendem séries de risadas. Mas este anime não é feito só de comédia, tem momentos de drama (em que Ryo mostra que tem um bom coração) e ação, quando as habilidades do sweeper sempre se mostram superiores às dos inimigos.

A melhor parte, para mim, é que a cultura tradicional (alimentação e literatura, por exemplo) é inserida no contexto de forma natural, o que me parece incrível e me fascina.

Em um dos episódios, com que me emocionei pela linda história de um casal que teve se separar, foi citado um poema escrito pelo ex-imperador Sutoku (1119-1164), que faz parte da antologia poética Hyakunin Isshu e da coletânea de poesia tradicional Shika Wakashu (229).

瀬をはやみ岩にせかるる滝川の
われても末に 逢わむとぞ思ふ

"Se o hayami
Iwa ni sekaruru
Takigawa no
Waretemo sue ni
Awan to zo omou"

"The rushing rapids are divided by a rock
But further down the waterfall
I know the river will unite again"

Confesso que quando era adolescente, não tinha muito interesse na cultura japonesa. Na faculdade, como trabalhei diretamente com o assunto - aos poucos - passei a ter mais contato e aprender mais. Tenho quebrado barreiras e minha opinião é bastante diferente hoje. Até renderia um livro com o título: "Eu e a cultura pop japonesa - um grande aprendizado".


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